COMÉRCIO

Exportação de aviões cresce 38% em São José em 2023 e garante superávit do Vale

São José dos Campos é responsável por 56% das exportações de aeronaves no Brasil

Por Xandu Alves | 09/12/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Avião na Embraer, de São José dos Campos
Avião na Embraer, de São José dos Campos

O crescimento da exportação de aviões pela RMVale foi o principal ‘empuxo’ para o superávit da balança comercial da região neste ano, segundo dados do governo federal.

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Na contramão, a venda de petróleo vem caindo e repercutindo negativamente no saldo da exportação, em razão de o produto responder por metade do total vendido pela região.

No período de janeiro a novembro, a RMVale tem aumento de 35,72% na exportação de aeronaves, com US$ 1,67 bilhão contra US$ 1,23 bilhão em igual período de 2022.

Na mesma comparação, o petróleo caiu 23,66%, com US$ 4,95 bilhões frente a US$ 6,49 bilhões no intervalo de 2022.

A participação do petróleo no total exportado caiu de 57,78% em 2022 para 49,71% neste ano. Já as aeronaves passaram de 10,95% para 16,76% de participação no total das exportações da região.

A queda do petróleo impactou negativamente no total exportado pela RMVale, com redução de 11% neste ano na comparação com 2022: US$ 9,97 bilhões ante US$ 11,2 bilhões. Mas a alta na venda de aeronaves segurou o resultado da balança, que teve um superávit de US$ 1,58 bilhão.

SÃO JOSÉ

O desempenho de vendas da Embraer neste ano impulsionou a balança comercial de São José dos Campos, com incremento de 18% na exportação da cidade no ano. A cidade exportou US$ 2,36 bilhões contra US$ 2 bilhões no ano passado.

Com mais exportações em 2023, São José passou de um déficit de US$ 491 milhões de janeiro a novembro do ano passado para superávit de US$ 119,9 milhões no ano.

As aeronaves respondem por 68% do total exportado por São José, que é responsável por 56% das exportações de aeronaves de todo o Brasil e de 61,5% de todo o estado de São Paulo.

A cidade vendeu ao exterior US$ 1,61 bilhão em aeronaves neste ano contra US$ 1,17 bilhão nos 11 meses do ano passado, um aumento de 38%, que garantiu o superávit.

Maiores exportadoras de petróleo da região, Ilhabela e São Sebastião amargam queda em 2023 ante 2022, com -24% e -21%, respectivamente.

Taubaté também não foi bem na venda de veículos, cuja exportação caiu 31% na cidade neste ano (US$ 213,6 milhões) comparado ao ano passado (US$ 309,8 milhões). A queda impactou na exportação total de veículos pela região, que registra redução de 16% neste ano: US$ 584 milhões contra US$ 697,8 milhões.

CAMPINAS

Na região de Campinas, as exportações caíram 2,68% neste ano comparado a 2022: US$ 5,03 bilhões ante US$ 5,16 bilhões. A região fechou os 11 meses com déficit de US$ 8,56 bilhões na balança comercial, em razão da importação de US$ 13,5 bilhões.

A cidade de Campinas foi na direção oposta e aumentou em 12,5% as exportações (US$ 1,02 bilhão ante US$ 907,7 milhões). O bom desempenho foi graças ao aumento das vendas de reatores, que aumentaram 7,5%, de R$ 257,3 milhões para R$ 276,8 milhões.

O segundo mais vendido foi o petróleo, com alta de 34%: US$ 179,4 milhões contra US$ 133,5 milhões em 2022.

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