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FAIXA DE GAZA
Voos da esperança: jatos da Embraer são usados na operação de resgate de brasileiros
Primeira aeronave aterrissou na Base Aérea de Brasília, às 4h07 da madrugada da quarta-feira (11), trazendo 211 brasileiros de volta ao país
Por Xandu Alves | 12/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos
Divulgação / Vinicius Neves / Secom / PR
O voo da esperança.
A FAB (Força Aérea Brasileira) está resgatando brasileiros que estão na região de conflito entre Israel e palestinos. A operação é realizada em coordenação com os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores.
A primeira aeronave KC-30 aterrissou na Base Aérea de Brasília, às 4h07 da madrugada da quarta-feira (11), trazendo 211 brasileiros de volta ao país.
Eram turistas, empresários, escritores, pastores, produtores de vídeo e aposentados que estavam em várias regiões de Israel e que foram acolhidos pela operação ‘Voltando em Paz’.
A FAB vai usar seis aeronaves para a missão de resgate, entre elas dois jatos Embraer C-390 Millennium.
Segundo a ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, o objetivo do governo é resgatar todos os brasileiros que quiserem voltar ao país.
“Estamos muito felizes de poder receber em condições boas de saúde, sãos e salvos, os nossos compatriotas. Nosso objetivo é trazer todos de volta. Ainda temos cerca de 2.500 brasileiros em Israel e 50 na Faixa de Gaza até o momento”, disse Maria Laura.
Entre terça (10) e quarta (11), duas aeronaves decolaram do Brasil para resgatar brasileiros em Israel, um KC-30 e um Embraer C-390 Millennium. Juntas, elas podem trazer até 270 pessoas.
Para embarque nos voos da FAB previstos para serem realizados até domingo (15), a Embaixada do Brasil em Tel Aviv organiza grupos de brasileiros por critérios de prioridade – residentes no Brasil e, dentre estes, pessoas com deficiência, idosos, grávidas e grupos com menores de idade.
A embaixada também realiza o transporte desses passageiros desde Jerusalém e de Tel Aviv ao aeroporto Ben-Gurion.
Segundo o Ministério da Defesa, o maior problema é a situação dos brasileiros na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, cujas condições de retirada apresentam desafios adicionais porque as fronteiras estão fechadas.
“Vamos trazer todos os brasileiros que estão na região. O Itamaraty já está no contato com países vizinhos para ver se deslocamos os brasileiros que estão no entorno. A Aeronáutica já tem montado um esquema especial para trazer. São grupos pequenos, lá tem de se deslocar por terra porque não temos acesso para que o avião pouse. Estamos trabalhando para levá-los para um lugar seguro e que possam também voltar a sua terra”, disse o ministro da Defesa, José Múcio.
Segundo ele, o Brasil foi o primeiro país a concretizar operação de repatriação de cidadãos. “Desde sábado a Aeronáutica está debruçada nessa logística, com um gabinete de crise aqui e outro em Tel Aviv”.
“Inicialmente imaginava-se a Cidade do Cairo como base, mas é uma distância longa. Estamos analisando outros dois aeroportos, ao norte e nordeste do Egito. Apesar da sensibilidade da região, temos certeza de que traremos todos”, disse o comandante da FAB, brigadeiro Marcelo Damasceno.
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JOAO A. LORENZZETTI
12/10/2023