RIQUEZA

Enfrentando desindustrialização, Vale tem a mais baixa taxa de crescimento do PIB em SP

Região registra taxa negativa de crescimento do índice de volume do PIB, segundo a Fundação Seade

Por Xandu Alves | 24/08/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Indústria no Vale do Paraíba
Indústria no Vale do Paraíba

A saída de grandes indústrias do Vale do Paraíba tem custado caro à região, uma das mais industrializadas do país.

Além de provocar desemprego, perder as produções da Ford e da LG, em Taubaté, e da Caoa Chery, em Jacareí, impactou na evolução do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos na região.

De acordo com levantamento da Fundação Seade, a RMVale teve o pior desempenho entre todas as regiões paulistas na taxa de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2023, ficando bem abaixo da média estadual.

A RMVale registra taxa negativa de crescimento do PIB entre janeiro e março deste ano na comparação com o último trimestre do ano passado, com -4,2%, segundo o Seade.

É quase o dobro do índice da segunda pior região paulista, que foi Araçatuba, com -2,2%. A terceira foi a RM Baixada Santista (-2,1%).

No geral, 13 das 16 regiões de São Paulo tiveram taxa negativa de crescimento do PIB no primeiro trimestre, mas a maior parte delas abaixo de 1%. A Região Administrativa de Campinas registrou -0,3%.

A média estadual foi positiva, embora baixa, com alta de 0,3% no crescimento do PIB, muito impulsionada pela região metropolitana de São Paulo (0,8%). As regiões de Bauru e Sorocaba também tiveram índices positivos, com 0,3% e 0,7%, respectivamente.

Na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o de 2022, a RMVale passa a ter taxa positiva de crescimento, mas ainda assim abaixo de 1%. A região aumentou em 0,4% a sua riqueza ante os três primeiros meses do ano passado e ficou bem abaixo da média estadual, que foi de 2,1%.

SETORES

Segundo o Seade, a economia paulista registrou crescimento de 1,1% na agropecuária e de 0,8% nos serviços, enquanto a indústria teve queda de 2,8% no primeiro trimestre, o que reforça o desafio que o processo de desindustrialização apresenta ao governo estadual e ao setor privado.

O recuo do setor industrial também se deu na comparação com o primeiro trimestre de 2022, quando foi registrada expansão de 2,1% do PIB do estado, com crescimento de 3,3% em serviços e queda de 0,9% na indústria e de 0,7% na agropecuária.

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