Após a ‘tempestade’ provocada pela pandemia da Covid-19 no mercado mundial de aviação e o fracasso da negociação comercial com a Boeing, a Embraer começa a decolar rumo a um céu mais azul.

A fabricante com sede em São José dos Campos registrou R$ 279,3 milhões de lucro líquido ajustado (exclui imposto de renda e contribuição social) no segundo trimestre de 2023, o maior valor para o mesmo período desde 2017, quando o lucro chegou a R$ 409 milhões.

O resultado dos meses de abril, maio e junho deste ano representou um crescimento de 20% comparado ao segundo trimestre de 2022 (R$ 232,8 milhões) e de 31% ante o mesmo período de 2021 (R$ 212,8 milhões). Em 2020, no segundo trimestre, a Embraer anunciou um prejuízo de R$ 1 bilhão.

O segundo trimestre de 2023 também marca a entrada na lucratividade diante do prejuízo ajustado de R$ 466,9 milhões registrado no primeiro trimestre do ano.

O bom desempenho financeiro veio após o crescimento de 47% no volume de entrega de aeronaves no segundo trimestre deste ano comparado ao mesmo intervalo de 2022, com 47 jatos no período, sendo 17 comerciais e 30 executivos.

No ano, a empresa acumula 62 aeronaves entregues (24 comerciais e 38 executivas). Trata-se do melhor resultado em entregas da Embraer desde o primeiro semestre de 2019, quando a fabricante entregou 73 aeronaves nos seis primeiros meses.

Na Aviação Comercial, a alta foi de 41% no semestre e na Aviação Executiva, de 31%. A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o segundo trimestre com US$ 17,3 bilhões em encomendas de aeronaves.