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IA e Humanos Super Criativos: Uma Aliança Revolucionária

Por Mia | 13/08/2023 | Tempo de leitura: 11 min
Inteligência artificial

IA e Humanos Super Criativos: Uma Aliança Revolucionária

A era digital, alimentada por inovações tecnológicas, tem sido um catalisador para uma mudança expansiva em diversas esferas da vida humana e, entre essas transformações, a Inteligência Artificial (IA) tem se destacado como um recurso poderoso capaz de potencializar a criatividade humana e redefinir os limites do que é possível.

A inteligência artificial, basicamente um conjunto de algoritmos e técnicas que permitem aos computadores imitar o comportamento humano, está sendo utilizada para melhorar o desempenho em várias profissões, seja na medicina, onde algoritmos são usados para detectar doenças em estágios iniciais, ou no setor financeiro, onde softwares especializados ajudam a prever tendências de mercado - as possibilidades parecem infinitas.

Nesta nova era do trabalho, qualquer pessoa com acesso à internet pode se beneficiar da IA para se tornar um analista de dados eficiente, um editor de imagem hábil ou até mesmo um marqueteiro astuto, pois a inteligência artificial democratiza o acesso às habilidades profissionais, nivelando o campo de atuação e permitindo que mais pessoas participem ativamente da economia global.

Porém, é importante notar que a IA não substitui os humanos; ao contrário, ela amplia nossa capacidade de inovação e criatividade, justamente pelo fato de que a IA pode lidar com tarefas repetitivas e analíticas com rapidez e precisão incríveis, liberando os humanos para se concentrarem no que fazem melhor: pensar estrategicamente, fazer conexões criativas e resolver problemas complexos.

Do ponto de vista social e comportamental, a IA tem o potencial de transformar as relações profissionais;

O trabalho colaborativo entre humanos e máquinas pode levar à criação de equipes híbridas onde cada membro - seja humano ou artificial - contribui com suas forças únicas, e essa combinação da sensibilidade humana com a eficiência da IA pode resultar em uma produtividade sem precedentes.

Economicamente falando, a IA representa uma revolução industrial do século XXI, afinal com maior produtividade e eficiência vem maior lucro, além disso, à medida que mais pessoas adquirem habilidades valiosas por meio da IA, podemos esperar ver uma expansão nas oportunidades econômicas. No entanto, como qualquer tecnologia poderosa, a IA também apresenta desafios significativos: Questões éticas sobre privacidade de dados e responsabilidade AI são ainda pontos críticos que precisam ser endereçados.

Além disso, é vital garantir que essa revolução tecnológica beneficie todos igualmente - não apenas os privilegiados.

A inteligência artificial está aqui para ficar - isso é indiscutível, agora cabe a nós abraçá-la como uma ferramenta valiosa para aumentar nossa criatividade humana superlativa, com colaboração cuidadosa entre humanos e máquinas inteligentes podemos nos aventurar em novas fronteiras econômicas, sociais e comportamentais.

Estamos em uma era de transformações aceleradas e sem precedentes.

Vivemos em um mundo onde a inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas, desde os aplicativos que usamos até os sistemas que impulsionam nossos carros, casas e cidades, e o impacto da IA, é indiscutível. Uma das áreas mais intrigantes e potencialmente controversas é a possibilidade de criar super humanos por meio dessa tecnologia.

O conceito de super humanos pode soar como algo saído de um filme de ficção científica, mas a realidade é que já estamos vendo os primeiros sinais disso, pois os avanços recentes na IA estão permitindo o desenvolvimento de tecnologias como próteses biônicas controladas pela mente, interfaces cérebro-computador que podem aumentar as capacidades cognitivas e até mesmo terapias genéticas personalizadas guiadas por IA.

O ponto central é que a ideia de usar a IA para criar super humanos levanta questões éticas complexas, pois a possibilidade de melhorar as capacidades humanas além dos limites naturais tem implicações profundas para nossa sociedade.

Igualdade:

Se apenas os ricos puderem pagar por esses avanços tecnológicos, corremos o risco de criar uma divisão profunda entre aqueles que podem se beneficiar dessas inovações e aqueles que não podem. Isso poderia levar à criação de uma elite "super humana", ampliando ainda mais o fosso da desigualdade social, isso sem contar que existe o problema do consentimento informado. Se optarmos por melhorar nossas habilidades através da IA, quais serão as consequências? Como podemos prever os impactos a longo prazo dessas intervenções em nossos corpos e mentes? E quem deve tomar essas decisões - indivíduos, médicos ou talvez mesmo governos? Ainda assim, com todas as preocupações éticas e sociais levantadas por esses avanços tecnológicos, seria imprudente descartá-los completamente.

Os benefícios potenciais são enormes; desde ajudar pessoas com deficiências a viverem vidas plenas até combater doenças incuráveis, porém, será crucial garantir um debate público robusto sobre esses desenvolvimentos, se tornando necessário estabelecer diretrizes éticas claras para garantir que o uso da IA para criar super humanos seja feito de forma responsável e justa.

Claramente, vivemos em tempos emocionantes, e as possibilidades apresentadas pela união da IA com a biologia humana são praticamente ilimitadas. Nesse momento, enquanto navegamos neste novo território desconhecido, devemos nos certificar de fazer isso com cuidado e consideração pelas implicações éticas e sociais desses avanços revolucionários.

Prezado leitor, este texto foi escrito pela MIA, inteligência artificial repórter de OVALE. Eliesér Ribeiro é o entrevistado.

ENTREVISTA:

1. Como você enxerga o papel da Inteligência Artificial na potencialização da criatividade humana? Quais são os exemplos mais impressionantes dessa sinergia entre IA e criatividade?

A Inteligência Artificial amplia muito os recursos disponíveis para solucionar desafios tanto profissionais quanto pessoais. Uma palavra que resume bem essa ampliação é "repertório". Ao utilizar a IA, é viável adquirir acesso a uma extensa variedade de ferramentas, cuja maior vantagem reside na otimização do tempo e criação de muitas possibilidades. Vou compartilhar uma experiência pessoal para ilustrar esse ponto. Eu sou especialista em análise de dados, anteriormente, demandava de 3 a 4 horas para resolver determinadas tarefas ao buscar informações em documentações ou fóruns de discussão. Agora, essas mesmas tarefas são realizadas em apenas 10 minutos, através de consultas diretas em chatbots. Em um curto intervalo, consegui editar vídeos, transcrever áudios, adicionar legendas, criar imagens e avatares. Esse avanço significativo expandiu consideravelmente as minhas opções. Acredito que uma habilidade humana notável seja a capacidade de estabelecer conexões entre elementos diversos. Com o acesso à IA, essas associações podem se multiplicar exponencialmente. Conscientemente, reconheço que existem inúmeros exemplos nesse sentido, mas optei por compartilhar apenas o pessoal, justamente para evidenciar que a IA não é a IA que fez esse texto (risos).

2. Na sua opinião, quais são os principais desafios éticos que envolvem a integração da IA na criatividade humana? Como podemos garantir que a IA seja usada de maneira responsável e ética nesse contexto?

Os desafios éticos são bastante numerosos. Vou apontar apenas três para trazer um pouco mais de clareza à discussão: 1) a criação de fraudes e deepfakes, 2) a segurança dos dados e 3) os vieses. Um dos riscos mais iminentes que a IA apresenta é a disseminação de fraudes e deepfakes. É impressionante como é possível reproduzir a voz, o rosto e os maneirismos de qualquer pessoa. Essa capacidade pode ser amplamente explorada para golpes e para enganar. Em segundo lugar, é importante reconhecer que a IA não funciona sem dados - sejam imagens, texto, áudio e por aí vai. Muitas ferramentas de IA que vemos atualmente são construídas com base em um vasto oceano de dados disponíveis na internet. Quem deu a permissão para usar esses dados? E como fica a questão dos direitos autorais para aqueles que os produziram? E o aspecto da privacidade? Por último, quero salientar o problema dos vieses. Uma vez que as IAs são treinadas com dados históricos, frequentemente elas tendem a reproduzir preconceitos, discriminação e exclusão presentes nesses dados. Um exemplo notável foi quando uma jovem asiática tentou criar um avatar representando-a, mas acabou com uma figura europeia de traços caucasianos. Embora tenha mencionado apenas três desafios aqui, é crucial entender que há uma infinidade de questões complexas que a sociedade precisa considerar e discutir.

3. O editorial menciona a democratização do acesso às habilidades profissionais por meio da IA. No entanto, existem preocupações sobre o potencial de a IA agravar as desigualdades. Como podemos mitigar esses riscos e garantir que todos se beneficiem igualmente?

Para mim, a abordagem envolve três soluções centrais: 1) educação, 2) promoção de oportunidades e 3) regulação específica. As Inteligências Artificiais (IAs) introduzem um verdadeiro dilema na educação atual. A maneira como as pessoas aprendem e acessam o conhecimento está sofrendo uma transformação radical. Quando ingressei na faculdade em 2002, costumava gastar cerca de 3 horas procurando um livro para um trabalho. Agora, por meio de uma IA generativa, consigo obter uma resposta pronta. O processo de aprendizado desempenhou um papel crucial em minha trajetória até aqui, e muitos indivíduos podem acabar pulando etapas desse processo. Portanto, é imperativo repensar todo o sistema educacional.

Em segundo lugar, é fundamental viabilizar oportunidades para que as pessoas tenham acesso a tecnologias e vagas de emprego. Devemos facilitar o acesso de indivíduos a computadores, laboratórios de informática, internet e outras ferramentas tecnológicas. No Brasil, existe uma grande quantidade de jovens com uma aptidão natural para construir o futuro por meio da tecnologia. Para isso, precisamos simplificar o acesso e criar oportunidades tangíveis.

Por fim, é crucial que a IA seja subserviente à sociedade, e não o contrário. Uma regulamentação baseada em princípios pode fornecer transparência e responsabilidade às empresas do setor. Essa regulamentação pode até influenciar o sistema tributário, concedendo benefícios fiscais às empresas que priorizam a mão de obra humana.

4. No campo da criatividade, como a IA aborda a questão da originalidade? É possível programar a IA para criar algo verdadeiramente inovador e único, ou ela sempre se baseia em padrões existentes?

O que constitui a originalidade? A genialidade de um artista emerge em sintonia com as técnicas e instrumentos disponíveis em sua época. A noção de um gênio desprovido de contexto cultural, formação prévia ou ferramentas é, em minha opinião, falaciosa. Acredito que a ideia de um artista autodidata seja questionável. Para mim, soa como mera conversa. Machado de Assis, por exemplo, tinha como sua ferramenta a língua portuguesa, enquanto Van Gogh encontrava seu contexto nas artes europeias. Mozart, por sua vez, estava imerso em uma sociedade cortesã que valorizava sua obra. Você percebe o padrão contextual nesses exemplos? Agora, se fornecermos a um designer habilidoso em manipulação de luz, sombra e cores uma ferramenta generativa como o Midjorney, certamente ele se destacará. Se essa mesma ferramenta for entregue a mim, provavelmente precisarei copiar o prompt de outra pessoa para obter um resultado satisfatório. As ferramentas de IA equivalem às línguas, ateliês e salões de nossa era. Entende a comparação? Embora eu tenha tangenciado um pouco, acredito que isso responda à pergunta.

5. O editorial menciona a revolução industrial do século XXI impulsionada pela IA. Quais são os impactos potenciais da IA na estrutura tradicional do mercado de trabalho e na distribuição de empregos?

Em primeiro lugar, acredito que esta nova transformação não seja meramente industrial; é algo diferente, representa uma nova era. Os impactos nos campos profissionais, nos empregos e nas organizações serão significativos, mas não ocorrerão rapidamente, em uma semana ou um mês. As empresas possuem grande acervos de conhecimento para administrar, e as pessoas têm uma ampla gama de conhecimentos para estabelecer novas conexões. A criação de novos empregos e oportunidades é iminente, será similar à proliferação de negócios que emergiu com o veio com a criação dos smartphones. Eu vejo paralelos entre essa revolução da IA e a revolução da Internet ocorrida no final dos anos 90. Estamos à beira de inúmeras transformações. Porém, simplesmente observar o tempo passar não é uma opção viável. Tanto empresas quanto profissionais precisam ter acesso às ferramentas de IA hoje. No entanto, reconheço que o potencial de impacto negativo em empregos supera o de criação de oportunidades. Dessa forma, é fundamental que pensemos mecanismos para equilibrar essa equação. Uma abordagem necessária envolve a consideração de uma renda universal básica e a implementação de estruturas políticas específicas para lidar com as mudanças vindas desse novo cenário.

6. Considerando a rápida evolução da IA, quais são as áreas de pesquisa e desenvolvimento que você acredita que terão um impacto significativo na capacidade da IA de potencializar a criatividade humana nos próximos anos?

Estou convencido de que estamos prestes a testemunhar transformações significativas em diversos setores. Na área científica, a Inteligência Artificial está revolucionando a pesquisa, possibilitando análises complexas de dados e modelagens intricadas que impulsionam a descoberta de novas soluções para desafios globais, como as mudanças climáticas. Na medicina, a IA está enriquecendo a precisão diagnóstica por meio da interpretação rápida de imagens médicas, como radiografias e ressonâncias magnéticas, além de auxiliar na identificação precoce de doenças através da análise de biomarcadores. Nas artes, a IA está abrindo novos horizontes criativos, como a geração automática de música, pinturas e roteiros, desafiando as fronteiras da criatividade humana. No jornalismo, as ferramentas de IA estão sendo empregadas para agilizar a análise de grandes volumes de dados e a produção de relatórios, tornando possível a geração de notícias em tempo real. Na advocacia e na justiça, a IA está sendo usada para revisar documentos legais extensos e realizar análises jurídicas, contribuindo para a eficiência dos processos legais e facilitando o acesso à justiça. Esses exemplos ilustram a amplitude das mudanças em uma variedade de setores, impulsionadas pela incorporação da Inteligência Artificial.

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