DEFESA

Prontos para o combate: militares brasileiros concluem curso para operar o F-39 Gripen

Pilotos e oficiais da FAB encerraram o treinamento operacional para voar no caça supersônico comprado pelo Brasil

Por Xandu Alves | 16/07/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação / Saab

Pilotos brasileiros em treinamento com o Gripen, na Suécia
Pilotos brasileiros em treinamento com o Gripen, na Suécia

Dezessete pilotos brasileiros, todos oficiais da FAB (Força Aérea Brasileira), estão aptos a operar toda a complexidade do caça supersônico Gripen, selecionado pela FAB para modernizar a frota de aeronaves de combate.

Eles passaram por um curso ministrado pelo Esquadrão Phoenix da Força Aérea Sueca, um treinamento operacional para pilotar o Gripen.

Na última semana, a FAB concluiu o curso para o quadro dos pilotos responsáveis pela implantação do F-39 Gripen no 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea).

Os militares concluíram o Delta Conversion Training, rigoroso treinamento realizado no Gripen Centre, na F 7 Wing em Såtenäs, na Suécia.

Os primeiros foram Gustavo de Oliveira Pascotto, comandante do 1º GDA, e Ramon Lincoln Santos Fórneas, ambos atualmente com a patente de tenente-coronel aviador. Eles passaram pelo treinamento em 2014, ainda como capitães.

Na sequência, foi a vez de três pilotos de testes do Ipev (Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo), órgão que fica no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José -- o tenente-coronel Cristiano de Oliveira, ainda no posto de major, foi o primeiro brasileiro a voar o Gripen E. O curso foi encerrado com três turmas de quatro pilotos operacionais.

AERONAVES.

Segundo a FAB, existem sete caças F-39 Gripen voando no Brasil, sendo seis em operação na FAB, equipando o 1º GDA, em Anápolis (GO), e uma sob a responsabilidade da Saab para voos de teste e integração de equipamentos.

O contrato entre Brasil e Suécia foi assinado em 2014 e prevê a entrega de 36 aviões, ao custo de R$ 18,9 bilhões – 39,3 bilhões de coroas suecas.

A Saab informou que o contrato prevê suporte logístico, sistemas de suporte e equipamentos relacionados, treinamento, armamentos e um acordo de cooperação industrial.

Nesse contexto, em maio deste ano foi inaugurada a linha de produção do Gripen no Brasil, na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). A expectativa é que a nova linha monte 15 dos 36 caças encomendados pela FAB.

A FAB informou também que estuda a próxima etapa de treinamento de pilotos do Gripen. Não está descartado manter o treinamento inicial na Suécia, mas, num futuro próximo, os pilotos serão instruídos integralmente no Brasil.

A FAB informou que os caças F-39 Gripen voando no Brasil têm “capacidade de operação”. Os aviões possuem “ampla gama de capacidades já instaladas e disponíveis, de forma que podem ser utilizados para diversos fins e missões”.

Em caso de uma possível situação de confronto, a FAB disse que os aviões “possuem uma capacidade de combate instalada”. Porém, o desenvolvimento do equipamento continua, com “integrações em curso com o objetivo de ampliar ainda mais as possibilidades de emprego, de uma maneira nunca experimentada na Força Aérea Brasileira”.

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