“Há um mercado muito abastecido para celulares roubados e furtados. Os criminosos aproveitam peças, componentes e até chips para cometer outros crimes”, disse um policial civil de São José dos Campos, que pediu para não ser identificado.

Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apontam que, até 2022, o país contava com cerca de 252 milhões de celulares ativos.

De acordo com o IBGE, os celulares lideram as estatísticas de bens mais citados em casos de furtos e roubos no país. Mesmo assim, apenas 11% dos donos de smartphone protegem seu aparelho com um seguro contra esses crimes, como mostra a pesquisa ‘O Brasileiro e seu Smartphone’, do Panorama Opinion Box.

REGIÕES.

Segundo os dados da SSP, a região do Vale do Paraíba registra 2.633 celulares roubados e furtados neste ano, média de 15 aparelhos levados por dia – um celular levado por bandidos a cada duas horas.

A maior cidade da região, São José dos Campos, concentra 28% dos crimes, com 755 celulares roubados e furtados em 2023, seguida de Taubaté (468) e Jacareí (180).

Na Região Metropolitana de Campinas, as 20 cidades registraram 4.616 roubos e furtos de celulares neste ano, até 20 de junho. Apenas a cidade de Campinas concentrou 2.491 destes crimes, 54% da totalidade. Na sequência estão Sumaré (493) e Indaiatuba (171).

OUTRO LADO.

Em nota, a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou que “investe continuamente nas polícias de São Paulo” e que “tais medidas são acompanhadas por indicadores que demonstram uma produtividade crescente das polícias paulistas”, além de queda dos indicadores criminais. Os roubos caíram 2,5% no estado nos primeiros cinco meses deste ano ante igual intervalo de 2022.