EMBRIÃO

Casa de 15 m²: Dário diz que Lula mente sobre casa embrião e desconhece a comunidade

Por Débora Brito | Da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Prefeito de Campinas responde às críticas de Lula sobre a casa embrião
Prefeito de Campinas responde às críticas de Lula sobre a casa embrião

Em resposta à crítica de Lula ao projeto da casa embrião de 15m², o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos) disse que o presidente desconhece a história e os manifestos da comunidade Mandela.

O prefeito disse que Lula mente ao dizer que a Prefeitura de Campinas fez casas de 15m² e que o projeto é fruto de decisão judicial e comum acordo com os moradores. Ele explicou que a solução da construção de embriões residenciais em terrenos doados ocorreu porque as famílias devem deixar a ocupação no prazo de quatro meses.

O presidente Lula declarou na manhã deste sábado (17) em Belém, Pará, que um prefeito que constrói uma casa popular de 15m² "não é humano e não entende de pobre".

Em nota, o prefeito afirma ainda que o embrião não é a nova casa em si e que é maior que os antigos barracos de madeira, tendo sido projetado para que cada família possa ampliar depois, segundo suas possibilidades.

A prefeitura também destacou que o projeto é defendido pela Coordenação da Ocupação Nelson Mandela. Em publicação nas redes sociais, a comunidade declara que o embrião é uma conquista e criticou a abordagem da imprensa sobre o assunto.

O caso foi revelado em uma série de reportagens de OVALE e da Sampi Campinas, que mostraram com exclusividade que as casas de 15 m2 ferem as diretrizes da ONU (Organização das Nações Unidas).

Veja abaixo a íntegra do posicionamento da Prefeitura de Campinas

1) O prefeito de Campinas, Dário Saadi, lamenta que o presidente da República faça um comentário como este, sem conhecer o assunto. Se tivesse um mínimo de respeito pela história dessas famílias, o presidente leria os manifestos que o movimento publicou.

2) O presidente mente ao falar que a prefeitura fez casas de 15m. Não houve lançamento de projeto habitacional pela Prefeitura de Campinas de casas com 15 metros quadrados, mas, sim, um acordo, a partir de uma decisão judicial, para a construção de embriões residenciais em terrenos doados pela Prefeitura porque eles têm de deixar, em quatro meses, o local ocupado.

3) De comum acordo com a Justiça e os moradores, a Prefeitura preparou, no bairro DIC 5, distrito do Ouro Verde, um loteamento de 23 mil metros quadrados, com rede de esgoto, água tratada, drenagem, asfalto e iluminação pública

4) A Prefeitura, por meio do Fundo de Habitação (Fundap), ofertou financiamento subsidiado para a construção de uma casa com quarto, cozinha, sala e banheiro.

5) A nova casa é maior que os antigos barracos de madeira e foi projetada para que cada família possa ampliar sua moradia, segundo as suas possibilidades. Não há nenhum caso de “grupos familiares de até sete pessoas” no registro do acordo feito entre a Prefeitura e os moradores. Em nota pública, amplamente divulgada pela Coordenação da Ocupação Nelson Mandela, o próprio movimento enaltece o acordo feito com a Prefeitura e a conquista dos lotes de 90 metros quadrados e esclarece que o embrião não é a casa em si. Cabe ressaltar que essas famílias seriam despejadas de suas atuais habitações, por decisão judicial, e a Prefeitura interveio para oferecer uma alternativa aos moradores da ocupação, aceita por eles.

6) Veja a posição dos moradores sobre essa conquista, acesse os links com a nota do movimento publicada ontem em suas redes sociais. (@mandelaresiste)

7) A prefeitura de Campinas lamenta a politização de uma luta justa e digna de centenas de famílias por parte de um partido político.

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