AVIAÇÃO

Embraer negocia venda de mais de 200 aviões pelo mundo e projeta crescimento

Equipes de venda da Embraer negociam mais de 200 aeronaves ao redor do mundo e companhia projeta crescimento da produção a partir de 2023

Por Xandu Alves | 08/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Produção de aviões na Embraer
Produção de aviões na Embraer

A Embraer discute com prováveis clientes em várias partes do mundo a venda de mais de 200 aeronaves comerciais, executivas e de defesa, campanhas que estão em andamento e devem trazer boas notícias ao longo do ano para a fabricante, cuja sede fica em São José dos Campos.

O otimismo com esses futuros (e prováveis) acordos comerciais deu a tônica da apresentação dos resultados financeiros feita pela Embraer na última quinta-feira (4), com a participação de OVALE.

CEO e presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto admitiu os desafios com o mercado mundial e reafirmou o compromisso da companhia em buscar o crescimento.

“Temos perspectivas melhores de entregas, crescimento de receita e rentabilidade nos próximos trimestres. Há diversas campanhas de venda de aviação comercial, defesa, executiva e serviços em praticamente todas as regiões do mundo”, afirmou o executivo.

Segundo ele, o principal desafio continua sendo as restrições na cadeia de suprimentos, ou seja, no fornecimento de peças para a montagem dos aviões. Gomes Netos classifica a situação como um “cenário desafiador”.

“Estamos crescendo a produção neste ano e em 2024. Como é necessário mais de um ano para a produção de aviões, acabamos puxando material antecipadamente e isso impacta no estoque. A questão dos suprimentos continua um cenário desafiador.”

A carteira de pedidos firmes da Embraer fechou o primeiro trimestre com US$ 17,4 bilhões, mantendo-se estável na comparação com os trimestres anteriores.

“Os resultados do primeiro trimestre1estão sólidos e dentro das nossas expectativas. Historicamente, é o trimestre com menor entrega de aviões e outros indicadores. Mas as vendas continuam fortes e carteira de pedidos, sólida”, avaliou Antonio Garcia, CFO da Embraer.

Para ele, as campanhas globais de vendas e os novos pedidos de aeronaves dão “estabilidade” à companhia e são “um sinal de força”, garantindo o fluxo de caixa da Embraer.

FINANCEIRO

Com o aumento dos estoques e as dificuldades na cadeia de suprimentos, impactada principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que dura mais de um ano, a Embraer reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 466,9 milhões no primeiro trimestre de 2023.

Trata-se de aumento de 13,2% ante as perdas de R$ 412,3 milhões no mesmo período do ano passado.

De janeiro a março deste ano, o prejuízo líquido atribuído a acionistas da Embraer foi de R$ 368,3 milhões, um crescimento de 115% diante das perdas de R$ 170,7 milhões do mesmo período de 2022.

Segundo a Embraer, os resultados no período foram “de acordo com as expectativas da administração e em linha com o planejamento da companhia”.

A empresa teve receita líquida de R$ 3,726 bilhões no período de janeiro a março de 2023, gerando um aumento na comparação com os R$ 3,076 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.

Segundo a Embraer, esse crescimento de 21% veio em linha com o projetado pela companhia. “O resultado foi decorrente do melhor mix de entregas na aviação comercial, forte crescimento na defesa e serviços”, informou a empresa.

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