EMPREGO

Salários mais baixos e indústria empregando menos: novo emprego na RMVale e RMC

Caged mostra que o valor do salário médio para contratação caiu R$ 138 desde 2020

Por Xandu Alves | 08/04/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Indústria automobilística: desafio de retomar o emprego
Indústria automobilística: desafio de retomar o emprego

O salário médio para contratação no país medido pelo Ministério do Trabalho é menor em janeiro de 2023 do que foi no mesmo mês de 2020.

De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o valor caiu de R$ 2.151 para R$ 2.012, uma redução de R$ 138 no pagamento médio de quem está entrando no mercado de trabalho. Na comparação com janeiro do ano passado, a diminuição foi de R$ 8,72.

Essa é uma das características do ‘novo emprego’ que vai se consolidando no país, com salários médios mais baixos, mais vagas abertas no setor de serviços do que na indústria (que paga melhor), desafio no comércio (área com saldo negativo) e na construção civil (que ainda cresce pouco).

Com algumas diferenças, essa realidade pode ser observada nas regiões metropolitanas do Vale do Paraíba e de Campinas.

Quanto ao salário médio de admissão, se o valor fosse reajustado para o trabalhador suportar as perdas ocasionas pela inflação oficial entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022, o vencimento teria que ser reajustado em 20,37%, incorporando mais R$ 438 ao salário médio no período.

SETORES

Na RMVale, a área de serviços se mantém como o ‘motor’ da economia, ainda que exija menos qualificação e tenha salários mais baixos. A região tem saldo de 3.560 empregos no primeiro bimestre, com serviços batendo em 3.890 novos postos, mas perdendo no comércio (-1.801). A indústria abriu 1.093 e a construção civil, 392.

O setor de serviços foi o maior contratador da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e janeiro e fevereiro: 6.494 novos empregos e 60% do total da região (10,8 mil).

A indústria foi responsável por 27% do saldo e abriu 2.919 novos postos de trabalho no 1º bimestre. A construção civil vem logo atrás, com 2.383 vagas e 22% do saldo positivo da região. O comércio fechou 1.074 empregos.

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