JULIO DARVAS

A inflação é uma inflamação dolorosa

Por Júlio Darvas | 01/10/2022 | Tempo de leitura: 2 min
Especialista em Marketing empresarial, politico, eleitoral e social

Assim como no corpo humano, quando há o desequilíbrio em algum órgão, muitas vezes surge um alerta inflacionário de que temos que cuidar de sanar esse processo e que se não cuidarmos devidamente muitas vezes se torna doloroso e de cura muito mais prolongada e difícil.

A sociedade moderna é cada vez mais um organismo complexo, diferenciado e de localização mais difícil, de onde surge a inflamação econômica e financeira, mas bate numa das partes mais sensíveis tanto da parte empresarial quanto coletiva, que é o que chamamos de inflação.

Somos um país em fase de desenvolvimento, onde o aprendizado dos processos de economia, política e finanças, ainda estão em fase de experiência e aprendizado. Nos últimos quarenta anos, tivemos sucessivos planos econômicos: Collor, cruzado, cruzado 1, 2 e 3, coisa que o jovem de hoje não teve a oportunidade de conhecer e vivenciar.

Os mais maduros sabem que nos anos 80, portanto, há quatro décadas atrás, tivemos inflação de 3% ao dia e 80% ao mês. Quem não se lembra, se tiver certa idade, da iniciativa malograda onde cada um, seja pessoa física ou pessoa jurídica, ficou com 50 reais por buscarem solução onde ela não existia.

O Brasil de 1922 busca arduamente o seu desenvolvimento, incluindo agora um desafio social, justamente porque temos transformação nos meios de trabalho, baixa produtividade e dificuldade de mais justa repartição da renda.

A inflamação bate no bolso e, sobretudo, na bolsa feminina que é quem controla, com dificuldade, o orçamento doméstico. Na bolsa de valores, a inflação prejudica a obtenção de investimentos acionários necessários para o desenvolvimento empresarial mais harmônico e sustentável.

A inflamação no corpo pede remédio adequado e a inflamação coletiva pede, inclusive, o equilíbrio dos orçamentos e dos gastos públicos. Isso não é novidade brasileira, mas realidade mundial, como se percebe agora. Mais equilíbrio, menos improviso.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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