Entra ano sai ano, mas a dona onça – sem dúvida o animal print mais desejado - não nos deixa jamais! Queridinha pelas fashionistas, essa tendência atemporal conquistou de vez seu espaço no mundo da moda e se consagrou como uma estampa clássica no guarda-roupa feminino. Costumo dizer que inclusive nossa acomodação visual quando se trata desta estampa é forte, nos permitindo ousar com maior conforto ao apostar nela (aliás com várias opções quando o assunto é mix de estampas: onça com poà ou listras preto e branco, onça com folhagem etc.)
É verdade que a estampa também já viveu algumas fases não tão gloriosas, já foi símbolo de peruíce e até de vulgaridade mas, enfim, alcançou seu posto na elegância. Porém, eu preciso dizer – me desculpem a sinceridade - que se a onça for mal escolhida, a roupa pode ficar com cara de barata.
Ok, podem classificar esse assunto como frescurinha fashion, mas a verdade é que assim como nos atentamos a qualidade de tecido, de modelagem, de acabamento, também precisamos nos atentar à diferença, neste caso, entre onça rica versus onça pobre.
Já há alguns anos trouxe esse tema para as minhas redes e posso dizer que minhas seguidoras da ocasião nunca mais erraram na escolha. Recentemente ressurgi com a polêmica e foi novamente um bombardeio de comentários e perguntas.
Mas antes de explicar a teoria aqui para vocês, preciso confessar que tenho um trench coat que pode ser considerado uma onça pobre. Quem nunca!!
Brinco classificando a onça rica como aquela que têm as manchinhas e pintas lembrando a padronagem real do animal, tanto em tamanho, como em espaçamento entre elas.
Normalmente são espalhadas e o desenho é igual em toda a extensão da peça, inclusive com uma certa harmonia. As cores variam entre o caramelo, camelo, preto e marrom. Realmente algumas até se assemelham bastante aos pelos de uma onça.
Já como onça pobre classificaria aquelas estampas que geralmente apresentam as manchinhas e pintas menorzinhas ou em tamanhos e formas variadas. As cores são bem contrastantes, quase que demarcadas, o que geralmente não se assemelha a pele real do bichano.
E as tais onças estilizadas, aquelas desbotadas ou coloridas? Em matéria de elegância elas com certeza saem perdendo, mas podem ganhar como fashionistas, despojamento e personalidade marcante.
A ideia aqui não é termos uma classificação socioeconômica da estampa de onça, longe de mim, mas se podemos pensar em peças mais bonitas, elegantes, com melhor aparência e, claro, nem por isso mais caras, por que não, certo?