SEM LUZ

Apagão gera prejuízo de R$ 100 milhões a restaurantes e hotéis

da Folhapress
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Paulo Pinto/Agência Brasil
A Enel passou a classificar esses casos como 'alta complexidade' e não informa mais prazo para solucionar o problema
A Enel passou a classificar esses casos como 'alta complexidade' e não informa mais prazo para solucionar o problema

Setores de restaurantes e de hospedagem estimam que o apagão provocado pelo vendaval da última quarta-feira (10) em São Paulo deve provocar um prejuízo de R$ 100 milhões.

O cálculo foi feito pela Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo). De acordo com a entidade, 5.000 estabelecimentos foram atingidos pela falta de energia elétrica entre a capital paulista e municípios das regiões do ABC Paulista, Osasco e Itapecerica da Serra e parte do interior.

Além dos prejuízos pelas portas fechadas, a conta também inclui a perda de equipamentos, alimentos e clientes.

A entidade, que representa cerca de 500 mil estabelecimentos no estado e mais de 20 sindicatos patronais, calcula que os prejuízos, desta vez, com fim de ano, férias escolares e compras e confraternizações de Natal, que aquecem a economia, podem chegar a R$ 100 milhões.

O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, fez críticas à distribuidora de energia Enel, dizendo que o episódio é recorrente.

"É o sétimo apagão em menos de dois anos. São poucos os empresários que conseguem recorrer a geradores ou realocar os produtos em tempo de não perder os alimentos", diz.

"Estamos próximos de um fim de semana que deveria ser de alta lucratividade para muitos estabelecimentos. Mas, para milhares deles, serão dias de portas fechadas", diz o diretor.

A orientação da Fhoresp é que os prejudicados reúnam elementos e provas dos prejuízos para ajuizar ações de ressarcimento na Justiça pela falta de faturamento, perda de mercadorias e equipamentos queimados.

Mais de 685 mil imóveis ainda enfrentavam a falta de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo às 19h32 desta sexta (12), 478 mil só na capital, após a passagem de um ciclone extratropical. A Folha questionou a Enel sobre a falta de previsão para o retorno do serviço, mas não teve resposta.

A Enel passou a classificar esses casos como "alta complexidade" e não informa mais prazo para solucionar o problema.

Em nota na manhã desta sexta, a empresa afirma que o "evento climático causou danos severos à infraestrutura elétrica, afetando o fornecimento em diversas regiões. Para acelerar a recomposição do sistema, a distribuidora tem mobilizando cerca de 1.600 equipes em campo ao longo do dia."

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