COMPULSÃO

Remédio para síndrome de pernas inquietas vicia pacientes em sexo

Por | da Rede Sampi
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Reprodução/Rehina Sultanova/Unsplash
O fármaco envolvido é o ropinirol, um agonista de dopamina utilizado também em casos de Parkinson.
O fármaco envolvido é o ropinirol, um agonista de dopamina utilizado também em casos de Parkinson.

Pacientes que usaram um medicamento para tratar a síndrome das pernas inquietas relataram que não foram alertados por médicos sobre efeitos colaterais graves, como comportamentos sexuais compulsivos e vício em jogos de azar. Os relatos vieram à tona após entrevistas concedidas à imprensa britânica por mulheres que afirmam ter tido a vida profundamente afetada após o uso do remédio.

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O fármaco envolvido é o ropinirol, agonista de dopamina utilizado também em casos de Parkinson. Embora autoridades de saúde do Reino Unido já alertem oficialmente que o medicamento pode estar associado a jogos patológicos, compulsão por compras, alimentação excessiva e hipersexualidade, ao menos 20 mulheres disseram que não receberam esse tipo de orientação antes de iniciar o tratamento.

Uma paciente relatou ter saído de casa de madrugada em busca de relações sexuais impulsivas. Outra afirmou ter acumulado cerca de 80 mil libras em dívidas após desenvolver compulsão por apostas. Ambas só perceberam a ligação entre os comportamentos e o remédio anos depois – e os impulsos cessaram após a suspensão da medicação.

Relatórios internos da farmacêutica GSK indicam que a empresa já tinha conhecimento da ligação entre o remédio e comportamentos impulsivos desde 2003. Segundo a companhia, os órgãos reguladores foram informados na época, e os folhetos informativos passaram a mencionar alterações no comportamento sexual a partir de 2007.

A GSK afirma que o medicamento é seguro quando utilizado conforme prescrição e que os efeitos colaterais estão descritos nas bulas atuais. A empresa também declarou que compartilhou todas as informações relevantes com as autoridades sanitárias ao longo dos anos.

*Com informações do The Independent

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