O número de mortos no incêndio que devastou um conjunto habitacional em Hong Kong subiu para 128, após o controle total das chamas nesta sexta-feira (28). As autoridades ainda buscam respostas sobre o destino de cerca de 200 moradores cujo paradeiro permanece incerto.
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Equipes de resgate continuam vasculhando os prédios com apoio de especialistas em identificação de corpos, já que dezenas de vítimas estão carbonizadas e impossíveis de reconhecer visualmente. O fogo tomou conta de sete dos oito blocos do conjunto residencial Wang Fuk Court, que passava por reformas desde 2024.
Investigadores apontam que materiais altamente inflamáveis usados na obra, como placas de isopor selando janelas dos elevadores, facilitaram a propagação das chamas pelos corredores. Redes de proteção que não atendiam às normas de segurança também contribuíram para o avanço do incêndio.
A tragédia, considerada a pior em sete décadas na cidade, levou à prisão de cinco pessoas ligadas à reforma, incluindo diretores da empresa prestadora do serviço e da consultoria de arquitetura. Elas são investigadas por possível corrupção e uso de materiais irregulares.
Enquanto 79 feridos estão hospitalizados, o governo chinês ordenou inspeções em outros conjuntos habitacionais com obras em andamento e prometeu apurar a responsabilidade criminal de todos os envolvidos.
*Com informações do South China Morning Post
Update: Deadly fire at Wang Fuk Court housing complex in Tai Po, Hong Kong, has killed at least 83, Hong Kong's worst in decades, with over 200 missing & fires still burning in upper floors of 3 towers after 36+ hrs.
— GeoTechWar (@geotechwar) November 27, 2025
100 injured; 3 arrested for negligence in renovation work… pic.twitter.com/GNMCigpPUH