O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) identificou 763 mil empréstimos consignados ativos em nome de crianças e adolescentes, com valor médio de R$ 16 mil cada. Segundo o presidente da autarquia, Gilberto Waller Júnior, o montante total chega a R$ 12 bilhões, todos descontados diretamente de benefícios destinados a menores, informou o Metrópoles.
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A prática, revelada após a troca de comando no órgão, se deu durante a gestão de Alessandro Stefanutto, demitido e preso após o escândalo dos descontos indevidos que atingiu aposentados e pensionistas.
Waller informou que o INSS já revogou a norma que permitia consignados a menores e revisa todos os acordos com bancos, reduzindo o número de parceiros devido a irregularidades. Desde maio, a contratação só é possível com a biometria do próprio beneficiário.
Levantamentos mostram que bebês chegaram a ser “endividados”, incluindo casos de recém-nascidos com dívidas superiores a R$ 15 mil e empréstimos via cartão de crédito.
Os dados reforçam a dimensão da chamada “farra do INSS”, que culminou em investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.
*Com informações do Metrópoles