O primeiro semestre de 2025 é o mais letal da série histórica da SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo quanto às mortes em confronto com as forças de segurança do Vale do Paraíba, com 25 óbitos de janeiro a junho – número empata com o mesmo período de 2020. No ano passado, no primeiro semestre, morreram 17 pessoas. As 25 mortes deste ano ocorreram em confronto com policiais militares, sendo 23 durante o serviço e duas na folga.
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Com exceção de 2025 e 2020, nenhum outro ano da série histórica da SSP, que começa em 2005, registra 25 mortes em confronto com a polícia no primeiro semestre. Os períodos mais letais foram 2006 (19 mortes) – ano dos ataques do PCC às forças de segurança –, 2024 (17), 2021 e 2019 (ambos 16) e 2017 (14).
A região havia anotado seis mortes em confronto no primeiro trimestre de 2025, 50% a menos do total de mortes no mesmo período de 2024, quando a PM matou 12 pessoas na região.
No entanto, os óbitos em confronto explodiram no segundo trimestre deste ano, com 19 ocorrências, 216% de aumento comparado ao primeiro trimestre e o período de abril a julho mais letal nesse indicador de toda a série histórica da SSP.
O segundo trimestre de 2025 superou as 15 mortes no segundo trimestre de 2006, ano marcado pelos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra as forças de segurança em todo o estado de São Paulo.
Histórico.
A região encerrou 2024 com 28 mortes em confronto com as polícias, sendo 27 em ocorrências com a Polícia Militar e uma com a Polícia Civil. O número é o terceiro maior da série histórica da SSP, desde 2005. Os anos com mais óbitos em confronto foram 2020 (38) e 2019 (30).
A letalidade policial no Vale estava em queda após recorde de mortes em 2020 e 2019, que acumularam 68 óbitos na região – biênio mais letal de toda a série histórica da SSP. O segundo biênio com mais mortes é o de 2023 a 2024, com 53 óbitos.
A partir de 2021, com o uso de câmeras corporais na farda dos policiais militares, o total de mortes caiu para 17 em 2022, registrando o número mais baixo desde 2013, quando oito pessoas morreram em enfrentamentos com as polícias na região.
As 25 mortes do primeiro semestre de 2025 superam até mesmo todo o ano de 2006, que teve 24 óbitos em confronto com as polícias e foi marcado pelos ataques da facção criminosa.
Polícia.
"O confronto é a opção do marginal. Se ele se render, ele será preso. Se ele atirar contra o policial militar, é para o policial reagir, sim, e cessar aquela agressão”, afirmou o militar durante entrevista no OVALE Cast, podcast de OVALE.
“Nós tivemos diversas ações que o marginal se rendeu prontamente e tivemos apreensão aqui, por exemplo, de arma de guerra, fuzil. De arma de grosso calibre, calibre 12, pistolas variadas”, completou.
Comentários
1 Comentários
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Reinaldo 04/11/2025Sinal que os bandidos também estão mais agressivos. Se não querem levar tiro, então que não atirem.