Um ataque sangrento atribuído a extremistas ligados ao Estado Islâmico deixou pelo menos 43 mortos no nordeste da República Democrática do Congo, segundo informações divulgadas pela ONU e pelas Forças Armadas do país.
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A chacina aconteceu durante uma vigília religiosa noturna em uma igreja na cidade de Komanda, na província de Ituri. De acordo com a missão de paz das Nações Unidas (Monusco), nove das vítimas eram crianças. Mulheres, homens e idosos também estão entre os mortos. Além da igreja, comércios próximos foram saqueados e incendiados.
Os autores do ataque seriam combatentes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo originalmente surgido em Uganda nos anos 1990, sob o pretexto de combater a perseguição contra muçulmanos. Nos últimos anos, porém, o grupo se fortaleceu em território congolês e passou a integrar oficialmente a chamada Província do Estado Islâmico na África Central, que também inclui milícias em Moçambique.
A Monusco classificou o massacre "civis indefesos, especialmente em locais de culto" como uma violação grave do direito internacional e dos direitos humanos.
O Exército congolês afirma que os extremistas usaram machetes e surpreenderam os fiéis enquanto eles rezavam. Para os militares, o ataque seria uma retaliação dos jihadistas às operações conjuntas lançadas pelas forças do Congo e de Uganda para desmantelar a ADF na região.
Apesar do apoio de tropas ugandesas desde 2021, os ataques da ADF continuam frequentes.
A cidade de Komanda, palco do massacre mais recente, está situada em uma área rica em minerais que há anos sofre com disputas entre diferentes facções armadas. Segundo análise da BBC Monitoring, cerca de 90% das ações do Estado Islâmico hoje são realizadas por seus braços africanos.
*Com informações da BBC
TERROR strikes Catholic church in DR Congo
— RT (@RT_com) July 27, 2025
Islamist militants kill at least 38 in BRUTAL attack
DOZENS lie dead in pools of BLOOD pic.twitter.com/MBDITVQhSO