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Desinformação eleitoral: Justiça torna Nikolas e aliados réus

Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo/Lula Marques/ Agência Brasil
Nikolas Ferreira é acusado de disseminar informações falsas contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, no segundo turno das eleições de 2024
Nikolas Ferreira é acusado de disseminar informações falsas contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, no segundo turno das eleições de 2024

Nikolas Ferreira (PL), deputado federal, e Bruno Engler (PL-MG), deputado estadual, viraram réus na Justiça Eleitoral de Minas Gerais sob acusação de disseminar informações falsas contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), no segundo turno das eleições municipais de 2024. Caso sejam condenados, podem ter os direitos políticos suspensos, se tornar inelegíveis e pagar indenização por danos morais coletivos.

Também são alvos da ação a deputada estadual Delegada Sheila (PL) e Coronel Cláudia (PL), que foi candidata a vice-prefeita na chapa de Engler. A decisão, assinada pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral, foi publicada na sexta (25). No despacho, o magistrado afirmou que a denúncia da Promotoria apresenta elementos que indicam violação à legislação eleitoral.

A reportagem não conseguiu contato com os acusados.

De acordo com a denúncia, os suspeitos participaram de uma campanha organizada de desinformação nos últimos dias da eleição, com publicações em redes sociais, rádio, TV e internet, com o objetivo de influenciar o resultado do segundo turno em Belo Horizonte.

A denúncia aponta que os acusados distorceram trechos do livro "Cobiça" (Editora Ramalhete), escrito por Fuad Noman, sugerindo falsamente que o autor endossava crimes contra crianças, além de o acusarem de permitir que menores tivessem acesso a conteúdo sexual em um festival de quadrinhos. Ambos os episódios foram alvo de decisões da Justiça Eleitoral que classificaram as acusações como ilegais. Fuad Noman venceu a eleição em 2024 e morreu em março deste ano, aos 77 anos.

A obra "Cobiça", escrita em 2020, trata da história de uma mulher que investiga o passado de sua família e se depara com uma série de episódios de vingança pessoal envolvendo seus antepassados.

Nos ataques a Fuad, os adversários afirmavam que o prefeito escreveu um livro erótico em que relata um estupro de uma criança de 12 anos.

A Promotoria afirma que Nikolas teve papel central na divulgação das informações, utilizando seu alcance nas redes sociais para disseminar conteúdo falso e ofensivo, além de descumprir ordem judicial que determinava a remoção das publicações.

Caso sejam condenados, os deputados podem perder os direitos políticos, o que os impediria de votar e disputar eleições.

Comentários

1 Comentários

  • Freitas 28/07/2025
    Justiça calibrada pra um lado só essa... todo mundo sabe que o maior disseminador de fake news desse país é o PT. Petistas basicamente só abrem a boca pra falar mentiras. Ou escrevem. Inventam números e repetem palavras até elas se tornarem uma pseudo verdade na cabeça dos militontos e apoiadores.