ATAQUE

EUA: deputada é morta e senador baleado; governador vê ataque

Por Juliana Sayuri, Jamil Chade e Guilherme Tagiaroli | Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Melissa Hortman e John Hoffman foram baleados
Melissa Hortman e John Hoffman foram baleados

A deputada democrata Melissa Hortman foi morta a tiros em casa com o marido em uma área na região metropolitana de Minneapolis, no estado de Minnesota (EUA). Em um local distinto, o senador John Hoffman, também democrata, foi baleado múltiplas vezes juntamente com sua mulher.

Estavam previstos para hoje protestos contra o presidente Trump por todos os Estados Unidos, em função da ação federal contra imigrantes. A polícia de Minnesota recomendou que as pessoas não comparecessem ao ato no estado.

A polícia foi chamada para uma ocorrência às 2h (horário local) deste sábado (14) na casa do senador Hoffman, em Chaplain (Minnesota). As autoridades, então, ofereceram primeiros socorros a ele e à mulher, e o levaram para o hospital. Ambos foram submetidos à cirurgia e estão vivos.

Por volta das 3h35 (horário local), houve outra chamada em Brooklyn Park (Minnesota), e policiais foram à casa da deputada Hortman, onde encontraram ela e seu marido feridos. Ambos foram declarados mortos posteriormente, segundo Drew Evans, superintendente do Departamento de Detenção Criminal de Minnesota. A distância entre Brooklyn Park e Chaplain, dirigindo, é de aproximadamente 15 minutos.

Nesta segunda chamada, a polícia se deparou com o suspeito, trocou tiros, mas ele escapou. A Polícia de Minnesota e o FBI estão auxiliando na busca do homem. De acordo com a polícia, um "manifesto" foi encontrado no carro do suspeito com uma lista com "muitos legisladores e outras autoridades" que seriam alvos potenciais de um ataque. O suspeito estava com uniforme de polícia e com um veículo equipado com luzes, que lembram viaturas policiais.

"Imediatamente alertamos o estado, que tomou medidas para alertá-los e fornecer segurança quando necessário", disse o chefe da polícia, Mark Bruley. "Foi um ato de violência política direcionado", disse Tim Walz, governador de Minnesota, do partido Democrata, durante coletiva de imprensa.

"Nosso estado perdeu uma grande líder, e eu perdi amigos queridos. Melissa serviu aos cidadãos de Minnesota com compaixão, humor e senso de serviço. Ela acordava todos os dias determinada a tornar este estado um lugar melhor. Ela é insubstituível e vamos sentir sua falta."

Na Casa Branca, o caso também está sendo tratado como um assassinato com motivações políticas. Num comunicado, o governo disse que "o presidente Donald Trump foi informado sobre os tiroteios em Minnesota que parecem ter sido um ataque direcionado contra legisladores estaduais".

Trump disse que a procuradora-geral Pam Bondi e o FBI estão liderando a investigação. "Qualquer pessoa envolvida será processada em toda a extensão da lei", disse. "Essa violência horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América", afirmou.

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