CAMPO LIMPO PAULISTA

Sem novo contrato, hospital pode parar de funcionar

Por Camila Bandeira e Marília Porcari |
| Tempo de leitura: 1 min
Prefeitura de Campo Limpo Paulista
Hospital de Campo Limpo Paulista corre o risco de interrupção em suas atividades.
Hospital de Campo Limpo Paulista corre o risco de interrupção em suas atividades.

O funcionamento do Hospital de Clínicas de Campo Limpo Paulista está ameaçado, já que o contrato com a atual administração se encerra em 2 de junho e o chamamento público para escolha da nova gestora foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). A interrupção ocorreu em 30 de abril e, até o momento, não houve avanço no processo nem posicionamento da prefeitura. Essa situação não é recente é a segunda vez que o processo é interrompido por irregularidades apontadas no edital da administração municipal.

A suspensão ocorreu após representação do empresário Luís Gustavo de Arruda Camargo, que identificou ausência da planilha de custos unitários no processo licitatório. Segundo ele, a falta do detalhamento dos valores compromete a transparência e permite manipulações nos preços, o que pode resultar em contratações com custos acima do mercado.

“Quando se apresenta apenas o valor global, de R$ 59 milhões, sem o detalhamento, abre-se espaço para distorções. Isso prejudica a formulação das propostas e restringe a concorrência”, afirmou. Ele acompanha licitações públicas e aciona a Justiça ao encontrar irregularidades.

A atual gestora do hospital, a Associação São Leopoldo Mandic (SLMANDIC), atua por meio de contrato emergencial firmado em junho de 2024, com vigência até 2 de junho de 2025. A entidade afirma que não participou do novo edital por restrições legais relacionadas ao contrato emergencial.

Em nota, o grupo Mandic declarou que cumprirá todas as obrigações até o fim do contrato e colaborará com a transição. “Iremos colaborar de todas as formas para que o processo ocorra com segurança, resguardando os direitos de todos”, afirma.

A continuidade dos serviços hospitalares dependerá da definição de uma nova entidade gestora até junho. Caso não haja novo contrato até lá, o hospital corre o risco de interrupção em suas atividades.

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