TRAIÇÃO NA CÂMARA

Antes fechados com oposição, Renato e Sidney votam com o governo

Por Julio Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Montagem feita com fotos de Cleverson Nunes/CMSJC
Renato Santiago (União) e Sidney Campos (PSDB)
Renato Santiago (União) e Sidney Campos (PSDB)

A primeira sessão ordinária da Câmara de São José dos Campos no ano, realizada nessa terça-feira (4), ajudou a oposição ao governo do prefeito Anderson Farias (PSD) a sanar uma dúvida: quem foram os dois vereadores que traíram o grupo na eleição da Mesa Diretora, realizada no dia 1º de janeiro, em sessão extraordinária.

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Na eleição da Mesa Diretora, realizada de forma secreta, a oposição esperava ter 11 dos 21 votos, o que garantiria maioria. No entanto, o grupo teve apenas nove votos, e o governo ficou com 12.

Nessa terça-feira, o líder do governo na Câmara, vereador Zé Luís (PSD), pediu para que um conjunto de requerimentos da oposição fosse votado em separado, e solicitou que a base aliada ao prefeito rejeitasse as propostas. Em votação aberta, dois vereadores que chegaram a firmar acordo com a oposição anteriormente votaram com o governo: Renato Santiago (União) e Sidney Campos (PSDB).

Questionados pela reportagem sobre a mudança de posicionamento, Renato e Sidney não haviam se manifestado até a publicação do texto. O espaço segue aberto.

Composição.

Logo após a eleição municipal do ano passado, quando Anderson foi reeleito ao derrotar Eduardo Cury (PL) no segundo turno, 11 dos 21 vereadores eleitos para a legislatura 2025-2028 passaram a fazer encontros periódicos para organizar a oposição ao governo, que - pelos números - nasceria como maioria na Câmara.

Pelas conversas de bastidores, o grupo de oposição teria: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Lino Bispo (PL), Renato Santiago, Roberto Chagas (PL), Sérgio Camargo (PL), Sidney Campos e Thomaz Henrique (PL).

Com isso, a oposição seria maior do que a base governista, que ficaria com 10 nomes: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Roberto do Eleven (PSD), Rogério do Acasem (PP) e Zé Luis.

Traição.

Entre novembro e dezembro, o grupo de 11 vereadores que se diziam da oposição fez quatro reuniões presenciais. A última delas foi realizada no dia 31 de dezembro, um dia antes da posse e da eleição da Mesa Diretora. Nesse encontro, os parlamentares combinaram votos para eleger maioria na Mesa Diretora e nas comissões permanentes.

Na votação da Mesa Diretora, após um dos parlamentares da oposição receber apenas nove votos, os 11 vereadores se reuniram, mas ninguém admitiu ter traído o grupo.

Na eleição para as comissões, a base governista garantiu a maioria em seis delas: de Justiça, Redação e Direitos Humanos; de Economia, Finanças e Orçamento; de Planejamento Urbano, Obras e Transportes; de Saúde; de Cultura e Esportes; e de Ética. Já a oposição terá maioria apenas nas comissões de Meio Ambiente e de Educação e Promoção Social.

O fato de ter maioria nas principais comissões permitirá que o governo mantenha a blindagem adotada na legislatura anterior para barrar projetos da oposição.

Comentários

2 Comentários

  • Luciano Santos 4 dias atrás
    Mas nem esperaram passar o carnaval para as rifas rolarem !! Que cidadezinha pobre de representante está São José.
  • Pedro de Lima 4 dias atrás
    Excelente matéria, pelo cheiro a gente sabe bem a qualidade do produto, em alguns casos é podre logo de cara.