
A Polícia Civil de Americana (SP) prendeu dois suspeitos de envolvimento em assassinatos na região, cuja mandante é a líder religiosa identificada como Tuta. Segundo as investigações, a travesti manipulava os seguidores, usando a crença deles, para que participassem das execuções. A informação é do SBT News.
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O inquérito teve início em novembro de 2024, após o desaparecimento de um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde de Vinhedo (SP), de 55 anos. Quatro dias depois, colegas de trabalho encontraram seu corpo em decomposição dentro de casa.
A namorada da vítima, Esheley Mendes, alegou que passou uma semana fora e, ao retornar, encontrou o companheiro morto. No entanto, a polícia descobriu que, no dia da morte, transferências bancárias no valor de R$ 180 mil foram realizadas a partir do celular da vítima para contas de Esheley e de sua amiga, Tuta.
Em janeiro deste ano, o empresário Davi Aires da Costa, de 63 anos, desapareceu. Seis dias depois, seu corpo foi localizado no Cemitério de Sumaré, com sinais de mutilação e dois disparos na cabeça. Registros e depoimentos mostraram que ele foi visto pela última vez em um terreiro comandado por Tuta. Após sua morte, quantias em dinheiro foram transferidas para a conta da líder religiosa.
Segundo o portal IG, existe a suspeita de que as mortes tenham relação com rituais de magia negra.
A polícia identificou ainda outro suspeito, “Pai Fuji”, líder religioso em Sumaré, que teria recebido dinheiro após a morte do empresário. Segundo as investigações, o assassinato de Davi foi executado por "Fucho", um frequentador do centro religioso, com apoio de Esheley. Presos, os dois confessaram os crimes e relataram que agiram sob coerção de Tuta, que os ameaçava e manipulava.
Mandados de prisão e busca foram cumpridos em Sumaré, Hortolândia, Campinas e Vinhedo. A polícia segue em busca de Tuta e "Pai Fuji", que estão foragidos.