
Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou no primeiro depoimento de sua colaboração premiada que a ala "mais radical" do grupo que defendia um golpe de Estado no Brasil no final de 2022 incluía a então primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A íntegra do depoimento de Cid, datada de 28 de agosto de 2023, foi obtida pelo colunista Elio Gaspari. Em novembro daquele ano, o UOL revelou que a delação de Cid apontava Michelle e Eduardo como incitadores do golpe.
"Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores] para dar o golpe", diz a transcrição do depoimento de Cid, que agora vem a público.
O relatório final da investigação da Polícia Federal sobre a trama golpista, concluído em 21 de novembro de 2024 --ou seja, um ano e três meses após o depoimento inicial de Cid--, não traz Michelle nem Eduardo entre os 40 indiciados.
O nome da ex-primeira-dama nem é mencionado no documento. Eduardo é citado apenas de forma lateral, no contexto de que seu nome aparecia como contato no telefone celular de um dos investigados.
À época em que vazaram esses pontos da delação de Cid, Eduardo e Michelle negaram ao UOL envolvimento em ações pró-golpe.
As afirmações são "absurdas e sem qualquer amparo na verdade", disse a defesa de Michelle à época, acrescentando que Bolsonaro ou seus familiares "jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país". Eduardo disse que a delação de Cid não passava de "devaneio" e "fantasia".
Comentários
2 Comentários
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jaques campos 27/01/2025A familia eh miliciana. Entraram para a politica para se enriquecerem. Todos praticaram rachadinhas e compraram mais de cem imoveis com dinheiro em especie. Roubaram joias recebidas em propina. Estão envolvidos com milicianos em crimes os mais diversos.
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ADRIANO A S ANDRADE 26/01/2025A família do Bolsonaro é um amontoado de oportunistas e golpistas sedentos pelo poder e dinheiro. Não é estranho todos estarem em conluio para sequestrarem o poder a força, visando manter seu privilégios