Abertura das Olimpíadas terá desfile no Sena, confirma Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou, nesta terça-feira (23), que a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos será realizada conforme o chamado plano A.
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Os Jogos serão abertos nesta sexta-feira (26), sob um esquema de segurança sem precedentes, com um desfile náutico das delegações em um percurso de seis quilômetros ao longo do rio Sena --a primeira abertura realizada fora de um estádio.
"É exatamente o roteiro que foi decidido no começo, que, agora, podemos assumir. Todas as verificações de segurança foram feitas", afirmou Macron em entrevista ao canal de televisão France 2.
Nos últimos meses, devido ao receio de um atentado terrorista, cogitou-se reduzir a dimensão da cerimônia.
O presidente disse lamentar os transtornos causados aos parisienses pelo aparato policial, que exigiu fechar ao trânsito grande parte da capital francesa desde o último dia 18. "Agradeço a todos os compatriotas impactados no cotidiano. Mas são essas restrições que nos permitem garantir a segurança."
Macron afirmou que a delegação francesa precisa ficar pelo menos no top 5 do quadro de medalhas. Questionado sobre a pessoa que acenderá a pira olímpica, última a carregar a tocha na cerimônia, negou-se a revelar o nome.
Admitiu, no entanto, que a ex-corredora Marie-José Pérec, 56, ganhadora de três medalhas de ouro olímpicas, seria um excelente nome. "Não seria ruim que a última portadora da tocha seja do Caribe." Pérec nasceu em Guadalupe, departamento ultramarino francês.
Sobre política, o presidente francês disse que não pretende nomear um novo primeiro-ministro antes do final dos Jogos, em 11 de agosto. A França está sendo governada por um gabinete demissionário, comandado por Gabriel Attal, desde as eleições de um novo Parlamento, no último dia 7. Nenhum grupo político obteve a maioria absoluta das cadeiras da Assembleia Nacional.
Macron recusou, nesta terça, nomear como primeira-ministra a economista Lucie Castets, indicada pela Nova Frente Popular (NFP), coalizão de esquerda que detém o maior bloco da Assembleia.