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Dengue: cuidado com os potes de água dos pets

da Redação (*)
| Tempo de leitura: 3 min
Pixabay
É preciso lavar e trocar diariamente os potinhos de água dos cães e gatos
É preciso lavar e trocar diariamente os potinhos de água dos cães e gatos

Combater em casa o criadouro do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika, é a principal medida para evitar as arboviroses, entre elas a dengue, que neste início de ano está em disparada no país. A atenção deve se concentrar em todos os pontos que acumulam água parada, do pote do pet ao pratinho de plantas e calhas.

Em nota pública, o Governo de São Paulo informou que "80% dos focos do Aedes aegypti estão no interior das residências". Contudo, medidas simples, como lavar e trocar diariamente os potinhos de água dos bichinhos podem fazer toda diferença.

"Temos tido circulação do vírus 3 [da dengue] e também houve um aumento considerável nos casos de chikungunya, então o Estado emitiu um alerta. Temos que tomar esses cuidados para evitar uma possível epidemia", alerta o biólogo César Leandro Jerônimo, da Vigilância Ambiental de São José do Rio Preto, em entrevista à Folha de S.Paulo. "Tem que ser lavado com bucha, aquela buchinha que tem aquele ladinho verde, para poder retirar os ovos que ficam na borda do recipiente. Se não realizar essa limpeza, esses ovos podem eclodir e se tornar uma larva", afirma Jerônimo.

Reconhecer e aceitar a vista dos agentes municipais da Vigilância Sanitária também é fundamental. Muita gente não deixa que eles entrem nas casas, com medo. Mas os agentes municipais andam uniformizados e com crachá e, caso o morador não conheça o agente de sua área, basta confirmar a identificação apresentada por telefone com a Secretaria de Saúde Municipal antes de abrir a porta.

Recolher todos os recipientes em área descoberta que possam conter água parada e verificar plantas que acumulam chuva em suas folhas, como bromélias, é outro ponto importante para evitar a proliferação de mosquitos. Para controle alternativo, pode-se colocar nos pratos de planta água sanitária ou um pouquinho de detergente e até sal.  Fontes maiores também representam risco e quem tem piscina precisa estar com tratamento da água em dia, utilizando cloro.

Para o descarte correto de resíduos, em especial de recicláveis, a dica é procurar os pontos de coleta municipais. Na última terça-feira (6), o Estado de São Paulo publicou um decreto criando um Centro de Operações de Emergências (COE) para combate ao Aedes aegypti.

Coordenado pela Secretaria da Saúde (SES), o COE reúne outras sete secretarias estaduais - Casa Civil, Casa Militar e Defesa Civil, Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Comunicação, Educação, Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística -, além do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

Foram destinados pelo decreto R$ 200 milhões para o enfrentamento direto ao mosquito em 645 municípios paulistas As ações previstas incluem investimento nas redes de saúde e emergência e promoção de limpeza e comunicação nas cidades.

Os recursos são provenientes do programa IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) e se somam à intensificação de medidas de campo, como a nebulização, o chamado fumacê. Cerca de 600 equipamentos portáteis foram colocados à disposição dos municípios pelo Estado.

As Defesas Civis Municipais devem coordenar o trabalho de visita às residências bem como a orientação aos cidadãos com ações que já começam no Carnaval como o bloco simbólico "Unidos contra a Dengue" e que também acontecem por meio de redes sociais e mídias do metrô. O monitoramento de casos de arboviroses em São Paulo está disponível online pelo site dengue.saude.sp.gov.br.

(*) Com Folhapress

Comentários

1 Comentários

  • Iuz tem é que limpar esses terrenos que estão cheios de água parada e um monte de entulho 09/02/2024
    Terrenos cheios de água parada e um monte de entulho