Duas mulheres foram presas em flagrante por associação ao tráfico e tráfico de drogas, nesta quarta-feira, 7, em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo, por policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Elas mantinham uma fábrica para a produção de um mix de chocolate com fungo alucinógeno, conhecido como cogumelo mágico, cuja substância ativa é a psilocibina, que é proibida no Brasil. Os policiais apreenderam mais de 300 kg de produtos. Além dos cogumelos, havia matéria-prima utilizada na fabricação das barras, trufas, bombons, cookies e chás.
Fábio Pinheiro Lopes, delegado do Deic, comentou no programa "Brasil Urgente" que todos que procuravam o local já sabiam que era uma fábrica de entorpecentes. “O que chama a atenção é a qualidade do chocolate suíço, com latas de primeira qualidade. Não eram feitas para classe mais baixa", disse o delegado.
Segundo o Deic, as informações iniciais eram de que havia uma fábrica de chocolate que utilizava fungos contendo alcaloides na produção dos doces. Os alcaloides são substâncias que atuam como estimulantes. No entanto, o laudo do Instituto de Criminalística constatou a presença da psilocibina.
"Os policiais obtiveram mandado de busca e apreensão para dois locais em Mairiporã. Um imóvel de alto padrão onde eram fabricados os produtos, e a sede administrativa, instalada em um centro comercial na região central do município. A equipe apreendeu o material e documentos. Chocolates e cogumelos passaram por perícia, que já constatou a presença da substância proibida", diz a nota do Deic.
Os produtos eram oferecidos em catálogos em site na internet, com a descrição da composição de cada um e até a indicação da presença dos alucinógenos. O mais citado é o Camboja NS, ou Psilocybe cubensis, conhecido como cogumelo mágico. Os valores variavam de R$ 45 a R$ 310.
As prisões foram realizadas por policiais da 6ª Delegacia do Patrimônio (Investigações sobre facções criminosas).
(*) Com Folhapress