Repleto de denúncias, o Instituto de Defesa do Consumidor, IDEC, decidiu investigar os aplicativos bancários sujeitos ao “golpe da mão fantasma”. As denúncias são de que os aplicativos podem ser controlados remotamente por apps de criminosos, sem qualquer barreira ou controle.

Testou
O Idec então testou os aplicativos e... Qual não foi a surpresa? Com exceção do Banco Itaú, todos os outros aplicativos, dos outros bancos, expuseram fragilidades e puderam ser controlados remotamente por Apps. O App do Banco Itaú não só bloqueou o aplicativo, mas exibiu uma mensagem de que aquilo poderia ser um golpe.

Os demais...
Os demais bancos falharam no teste. O relatório do Idec pode ser utilizado por vítimas para reaver o dinheiro perdido por fraude e pode ser acessado em https://idec.org.br/release/idec-testa-aplicativos-de-bancos-e-aponta-fragilidade-contra-golpe-do-acesso-remoto

Se comprometeram
Os bancos se comprometeram em adotar medidas de segurança para reduzir os riscos. Para o IDEC a decisão de alguns bancos em não bloquear efetivamente o acesso remoto é um grande erro, pois só assim o consumidor ficará totalmente seguro.

Como funciona o golpe?
A vítima recebe uma mensagem, ligação ou um SMS de que uma transação foi feita sem autorização, e ao ligar no número para cancelar, recebe do “falso” gerente um link de um aplicativo para realizar o cancelamento. Ao instalar o aplicativo, a tela do celular fica preta ou “processando” e a pessoa não consegue mais controlar o celular. Neste espaço de tempo, o criminoso tira todo o dinheiro da vítima, controlando o app bancário pelo código malicioso instalado.

O que diz a Lei?
O Código de Defesa do Consumidor prevê no art. 14 a responsabilidade da instituição financeira. Além disso, a Súmula 479 do STJ deixa claro a responsabilidade de instituições financeiras por fraudes no âmbito de seus serviços.