OPINIÃO

O quer fazer em casos de fraude bancária ou financeira online?

Por José Milagre | especial para a Rede Sampi
| Tempo de leitura: 3 min
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Fraudes online
As fraudes bancárias e financeiras online não param de crescer no Brasil. A cada dia criminosos reinventam formas para tirar dinheiro das vítimas, que menos atentas ou movidas por falsas oportunidades de trabalho ou alta rentabilidade, acabam infectando seus celulares ou mesmo fornecendo senhas e códigos que os criminosos precisam para a aplicação de golpes e furto de todos os fundos.

Golpes
Os marginais se valem de inúmeros golpes, dentre eles, citamos: a) o golpe do falso gerente: o “gerente” do banco de te liga informando que estão tentando passar uma compra e, quando você informa que não é você, pedem suas senhas e códigos para o cancelamento; b) golpe do emprego: o criminoso oferece falsas vagas de emprego e em determinado “cadastro”, faz a vítima realizar transferências para participar do processo; c) golpe da ativação do celular e empréstimo: o marginal se passa por gente e informando que alguém tentou ativar um celular na conta,  faz a vítima ir até o caixa, falando com ela, momento que faz transferências acreditando estar fazendo “testes”; d) golpe da clonagem do celular: a partir da clonagem do celular, os marginais resetam senhas e invadem as contas roubando tudo.

Roubo de celular
Além dos golpes online, onde citei apenas alguns das dezenas que temos mapeados, temos também os casos envolvendo roubo e furto de celulares. Normalmente, com o dispositivo desbloqueado, os criminosos podem tentar trocar senhas, criando novas e acessar contas para desfalques financeiros. Por isso, a vítima deve sempre manter seu dispositivo bloqueado quando na rua e com vários fatores para acesso à conta, alguns deles, que não estejam nos mesmos celulares onde os apps bancários estão instalados.

Prevenção
Ativar e simular o serviço de apagamento remoto do dispositivo é uma medida importante. Também é interessante usar apps que ocultam apps bancários e ativar múltiplos fatores de senha, incluindo senha de chip, tela e senha encerramento de sessão ou descanso de tela. Mantenha em salvo imei, dados do dispositivo com a nota fiscal e telefone de emergência de banco e empresas de telefonia, para caso de necessidade de acioná-los rapidamenteo.

O que fazer se fui vítima?
Imediatamente faça contato com o suporte da sua instituição bancária solicitando bloqueio de conta e reset de senhas, fazendo contato também com o banco de destino. Faça o acionamento do MED, mecanismo especial de devolução, se os furtos se deram por pix. Registre a ocorrência e faça contato com sua operadora de telefonia, para inclusão do celular na base de celulares roubados e ativação do seu número em outro chip; Troque todas as suas senhas, avisando pessoas por redes sociais que seu dispositivo foi roubado, evitando que outras pessoas caiam no golpe. E principalmente, fique de olho no uso indevido dos seus dados pessoais, monitorando usos e estando atento a mensagens estranhas sobre serviços que não contratou. Utilize também o serviço Registrado. O Registrato é um sistema administrado pelo Banco Central que permite aos cidadãos terem acesso pela internet, de forma rápida e segura, a relatórios contendo informações sobre relacionamentos com as instituições financeiras, operações de crédito e de câmbio.

Bancos são responsáveis
Conforme Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça, "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”.  Além disso, inúmeros casos existem no Judiciário, condenando as instituições por falhas em bloqueios de conta, lentidão na resposta ao incidente, e também por falhas em aplicações, que facilitaram ou permitiram o golpe. Portanto, caso tenha sido vítima, salve todas as provas e caso o banco recuse-se em ressarcir, procure ajuda do seu advogado especialista de confiança.

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