Flores entre Cinzas aborda histórias reais


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O professor jundiaiense Diego Honório da Silva, de 29 anos, lança seu primeiro livro intitulado ‘Flores entre Cinzas’ com enfoque em histórias de pessoas que refletem o descaso da sociedade. A produção realizada este ano durante a pandemia foi totalmente independente e se trata da extensão de um trabalho acadêmico com indagações pessoais.

Inicialmente o livro será vendido on-line em uma plataforma de marketplace. Com 100 cópias já vendidas na pré-venda, o professor expressa sua gratidão com o resultado de seu trabalho “As temáticas abordadas no livro exprimem o reflexo da sociedade marginalizada. Ouvir essas histórias e poder fazer essa análise e contextualização com a nossa realidade, reforça a importância de debatermos esse temas”, explica.

Em decorrência de uma infância conturbada, o jovem escritor ressalta que o diálogo e a comunicação sempre foram fatores muito importantes para ele e estes foram os ‘starts’ para a criação e desenvolvimento do seu livro. "Meu pai era alcoólatra e cometeu suicídio e meu irmão foi assassinado e por esses motivos eu sempre me perguntava, será que se eu tivesse conversado com eles e escutado a histórias deles, ainda estariam vivos? Teriam saído da vida de vícios?”, argumenta.

Essas questionamento seguiram Silva até a faculdade que resultou em um projeto acadêmico. “No projeto ‘Aquela História’, eu visitava clínicas de reabilitação para dependentes químicos e alcoólatras e me dispunha a ouvir essas pessoas e conversar com elas. Eram relatos comoventes", explica.

Dentre as suas formações acadêmicas, Silva possui licenciatura em pedagogia e especialização em alfabetização e letramento. Atualmente é docente em uma escola estadual no bairro do São Camilo em Jundiaí e foi aplicando alguns conhecimentos dentro de sala de aula que surgiu a ideia de relatar as histórias em um livro. “Eu via tantas histórias que contemplavam as mais diversas situações, de pobreza, dificuldades, preconceitos, e eu comecei a desenvolver uma análise mais analítica sobre os temas", completa.

Com essa reflexão sobre as histórias da sociedade, que mantém o sigilo da identidade dos personagens, Silva espera que as pessoas reflitam sobre a realidade atual. "Meu objetivo era contar histórias que o mundo não estava disposto a ouvir. Acredito que podemos transformar nossos traumas em arte e com esse livro espero que os leitores percebam que existem um mundo que pede socorro fora de casa. Ouvir histórias pode salvar e mudar vidas", ressalta.

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