A Câmara Municipal de Jundiaí aprovou, nesta terça-feira (2), o Projeto de Lei (PL) nº 14.990/2025, que fixa o Orçamento Público do Município para 2026, estimado em aproximadamente R$ 4,6 bilhões. A votação marcou a última sessão ordinária do ano legislativo, que também teve a convocação de uma sessão extraordinária para análise de outros cinco projetos.
A Saúde continuará recebendo o maior volume de recursos, com R$ 1,16 bilhão, enquanto a Educação terá orçamento de R$ 1,02 bilhão. A maior despesa permanece sendo a folha de pagamento, que somará R$ 1,64 bilhão, considerando Executivo e Legislativo. Do lado da arrecadação, o ICMS seguirá como principal fonte de receita corrente, representando 26,2% do total previsto. O ISS corresponderá a 14,1% e o IPTU, a 5,7%, além de outras receitas previstas pelo Executivo.
Vereador e líder do Governo na Câmara, Juninho Adilson (União) destacou que este primeiro ano de trabalho foi feito com um orçamento herdado da gestão anterior. “Com a premissa de fazer mais com menos, conseguimos entregar com qualidade o serviço público. Agora, com um orçamento suplementado e elaborado por este governo, a qualidade do serviço será ainda melhor no próximo ano”, afirmou.
Henrique Parra (PSOL) elogiou o reforço em áreas como saúde e assistência social, mas cobrou o pagamento das férias-prêmio aos 1.400 servidores que aguardam na fila e o reajuste real para o funcionalismo. Ele lamentou a rejeição das oito emendas apresentadas por sua bancada, voltadas à ampliação de UBSs, preservação da Serra do Japi e ações de adaptação climática em creches e escolas.
Mariana Janeiro (PT) destacou que, pela primeira vez, a fiscalização poderá ocorrer sobre um orçamento construído pela atual gestão. Ela elogiou o aumento de recursos das áreas de saúde e assistência social e lembrou as dez emendas rejeitadas, relacionadas a acolhimento de idosos, cultura, transporte escolar e segurança alimentar. A vereadora também reforçou a necessidade de valorização e reajuste real aos servidores. Zé Dias (Republicanos) criticou a destinação de apenas R$ 16 milhões para a Habitação e defendeu mais investimentos em moradias de interesse social, porém, elogiou o orçamento de modo geral.
Extraordinária
Em sessão extraordinária, foram aprovados os seguintes projetos: prorrogação do mandato dos conselheiros do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac) até 31 de dezembro de 2025; modernização e inclusão de suplentes no Conselho Municipal de Habitação e prorroga o mandato dos conselheiros, também até 31 de dezembro deste ano; declaração da Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade; instituição do Sistema Municipal do Cidadão para auxiliar o planejamento e a gestão dos serviços públicos; e a prorrogação do Programa de Pagamento Incentivado de Parcelamento Administrativo (PPIPA), visando à regularização de débito de munícipes com o município.