OPINIÃO

O mundo em guerras 


| Tempo de leitura: 3 min

O mundo passa por um período de grandes incertezas sobre o momento seguinte, seja ele de dias, meses, ou até, os próximos anos.

As guerras e os conflitos entre países, exigem, desde logo, eficiências geopolíticas, através de diálogos, de forma a estancar ataques multilaterais, entre países, em diversas regiões da terra.

No leste europeu, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, já deixou um rastro de destruições, milhares de refugiados ucranianos e, lado a lado, milhares de mortos.                                                                                            
No Oriente Médio, a guerra entre Israel, Hamas e Hezbollah, vem, dia a dia, destruindo a Faixa de Gaza e causando incessantemente a morte de palestinos, por ataques e impedimento de ajuda humanitária. Muitos morrem de fome e por falta de remédios e atendimento médico.

No Líbano, dirigentes do Hezbollah foram mortos e os ataques foram amenizados.
A escalada da guerra se ampliou, com ataques de Israel ao Irã, de forma a impedi-lo de construir um arsenal de bombas nucleares e, os ataques entre os países vem se ampliando, colocando em risco a economia mundial, com o eventual bloqueio, por parte do Irã, do Estreito de Ormuz, impedindo a passagem de petróleo do Oriente Médio para o Ocidente, o que já foi autorizado pelo Parlamento Iraniano.

Esse fato já ocorreu no final do ano de 1973 e provocou uma estagflação no mundo. Os países desenvolvidos tiveram, em 1974, uma queda média dos seus PIBS – Produtos Internos Brutos, de 4,1 %, ou seja, de (-) 4,1 %, e, inflação elevada, já que, de outubro de 1973 a maio de 1974, o preço do barril do petróleo, subiu cerca de 400%, no mercado mundial. Nunca se andou tanto de bicicleta na Europa.

O Brasil sentiu o forte impacto da guerra entre árabes e judeus. Na época, de cada 100 barris de petróleo consumido em nosso país, 80 eram importados.

Países aliados do Irã, como a Rússia e a China, criticaram as agressividades de Israel. Estados Unidos e Europa apoiam Israel. O mundo não sabe em que nível a guerra pode chegar e a Rússia já fala na possibilidade, caso a diplomacia entre as nações e o Intermédio da ONU – Organização das Nações Unidas, não paralisem o conflito, na eventual Terceira Guerra Mundial. Nem pensar nessa possibilidade!

Em relação à evolução dos conflitos, a realidade é que apenas sabemos sobre o dia de hoje, não sabemos como será o amanhã.

A equidistância física do Brasil dessas guerras, não equivale, entretanto, ao posicionamento da diplomacia brasileira, representada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que se aproxima de Vladimir Putin, na Rússia e se distancia de Israel, com pesadas acusações de genocídio de Gaza, por parte de Benjamin Netanyahu.

Messias Mercadante de Castro é professor de economia, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas (messiasmercadante@terra.com.br)

Comentários

Comentários