MEIO AMBIENTE

Em um mês, 11 capivaras atropeladas em avenidas de Jundiaí

Por SIMONE DE OLIVEIRA | JORNAL DE JUNDIAÍ
| Tempo de leitura: 2 min
DIVULGAÇÃO/MATA CILIAR
Com a falta de iluminação ou sinalizações, os motoristas acabam não percebendo a presença dos animais
Com a falta de iluminação ou sinalizações, os motoristas acabam não percebendo a presença dos animais

Mais um episódio de atropelamento envolvendo animais silvestres reforça a importância sinalizações e atenção de autoridades e motoristas em vias públicas em Jundiaí. Segundo dados da Ong Mata Ciliar, em um um mês cerca de 11 atropelamentos envolvendo capivaras foram registrados, resultando na morte dos animais, inclusive de filhotes. O mais recente foi na quinta-feira (12) na avenida Antônio Pincinato com a morte de cinco animais.

Segundo o agrônomo e presidente dea Mata Ciliar, Jorge Belix de Campos, os episódios acontecem, em sua maioria, no período noturno, momento em que as capivaras caminham entre um ponto e outro, principalmente em bandos. Com a falta de iluminação ou sinalizações, os motoristas acabam não percebendo a presença dos animais. "Infelizmente é um caso para ser revisto porque há insegurança para ambos. São animais grandes e pesados que pode causar acidentes graves", alerta. 

O agrônomo acredita que a instalação de barreiras físicas seria interessante para que os animais transitassem com segurança, em especial em áreas de matas e córregos, como é o caso do entorno da avenida Pincinato. No acidente da semana passada, a equipe da Mata Ciliar foi acionada pela Guarda Municipal de Jundiaí. "Aquele trecho é um importante corredor de biodiversidade por estar proximo a Serra do Japi, mas precisa ter uma atenção especial. Se não redutor de velocidade, pelo menos placas indicando a presença de animais silvestres, assim os motoristas poderão ter mais atenção ao dirigir em áreas de cursos d'água que atraia a atenção de animais, incluindo veados e as próprias capivaras."

Procurada, a Prefeitura de Jundiai, por meio da Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT), informa que não há previsão de implantação de barreiras físicas específicas para a contenção de animais, mas adianta que a via em questão conta com barreiras do tipo 'New Jersey', ou seja, barreiras que funcionam como dispositivo de separação entre faixas de rolamento, mas que não têm função de bloqueio à travessia de fauna.

Mesmo sem as barreiras específicas, o local conta com sinalização de advertência quanto à presença de animais silvestres (placas A-36) em ambos os sentidos da via. Há também sinalização regulamentando o limite de velocidade, bem como um radar medidor instalado no sentido Eloy Chaves, com o objetivo de reforçar o respeito às normas de trânsito e minimizar riscos aos usuários da via, incluindo a fauna silvestre.

A Prefeitura reforça que áreas com presença recorrente de animais silvestres, como trechos próximos a rios e matas ciliares, exigem atenção redobrada por parte dos motoristas e por isso tem realizado constantes estudos e intervenções técnicas voltadas à segurança viária, mas a colaboração dos condutores, com respeito à sinalização e limites de velocidade, é essencial para reduzir ocorrências desse tipo.

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