EM JUNDIAÍ

Desfiles de Carnaval são cancelados por entraves de segurança

Por Redação |
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Escolas de Samba de Jundiaí e a Liga jundiaiense das escolas de samba (Lijunes)
Sambistas protestam contra o cancelamento dos desfiles de rua em Jundiaí, decisão que gerou indignação entre as escolas de samba
Sambistas protestam contra o cancelamento dos desfiles de rua em Jundiaí, decisão que gerou indignação entre as escolas de samba

Os desfiles de rua do Carnaval de Jundiaí foram cancelados devido às dificuldades apontadas pelas Forças de Segurança locais, como falta de contingente policial para patrulhamento, impossibilidade de uso de drones no período noturno e histórica superlotação dos eventos. A decisão foi comunicada após reunião convocada pela Unidade de Gestão de Cultura (UGC) na última terça-feira (25), no Espaço Expressa, com representantes do Poder Público e da Liga Jundiaiense das Escolas de Samba (Lijunes), para reorganizar os desfiles de forma descentralizada. "A organização dos desfiles não poderia ignorar as dificuldades apontadas pelas Forças de Segurança", disse a prefeitura em nota.

Uma das propostas apresentadas pela UGC foi a realização dos desfiles no final de semana seguinte ao Carnaval, mas a maioria das escolas recusou a ideia por conta da Quaresma. Diante disso, foi definido que as apresentações aconteceriam em quadras das agremiações e no próprio Espaço Expressa.

A UGC também afirmou que o presidente da Lijunes, Everson Bellato Cirino, não compareceu à reunião, embora o vice-presidente da entidade estivesse presente representando a Liga. "As escolas foram surpreendidas com o anúncio de que não haveria mais desfile na rua", afirmou Cirino, acrescentando que as opções dadas pela gestão municipal não contemplavam a verdadeira essência do Carnaval.

Em comunicado oficial, a Lijunes repudiou o cancelamento, alegando que a decisão representa "um duro golpe à cultura popular e à tradição carnavalesca da cidade". Segundo a entidade, o Carnaval de Jundiaí é um evento de grande impacto cultural e econômico, beneficiando não apenas as escolas de samba, mas também o turismo e o comércio local.

LEIA AS NOTAS COMPLETAS DA UGC E DA LIJUNES

A escola de samba Império da Maringá também se manifestou sobre o cancelamento. Em nota, o presidente Adilson Aparecido da Silva afirmou que "a imposição de que as escolas de samba realizem suas apresentações apenas em quadras e centros esportivos descaracteriza completamente a essência do Carnaval". Segundo ele, a medida demonstra falta de respeito com as agremiações e seu histórico na cidade.

Império da Maringá

Edison Luiz Pereira, conhecido como Zé Prego, presidente da escola União da Vila Rio Branco, também lamentou a decisão. "Nós estávamos ensaiando para o desfile oficial com um enredo, samba e fantasia inéditos. As fantasias estavam prontas, detalhes finais estavam sendo ajustados, e fomos informados que não poderia mais acontecer o desfile."

Comentários

1 Comentários

  • VIVALDO JOSE BRETERNITZ 26/02/2025
    Excelente!!!!