NOVO CENÁRIO

Lideranças locais de Jundiaí aprovam fusão partidária

Por Diná de Melo |
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Divulgação
O partido que se fundir com PSDB ficará com fundo partidário de R$ 147 milhões
O partido que se fundir com PSDB ficará com fundo partidário de R$ 147 milhões

Em Jundiaí, a política local está acompanhando os desdobramentos de uma possível fusão do PSDB, que tem como presidente nacional, Marconi Perillo, ex-governador de Goiás. Os tucanos têm feito conversas com o MDB, PSD, Podemos e Republicanos e a definição ocorrerá em fevereiro com a retomada dos trabalhos no Congresso. Lideranças locais veem com bons olhos essa fusão.

Para Fernando Souza, presidente do PSDB de Jundiaí, o cenário atual está desenhando uma trajetória de grandes ganhos para os partidos envolvidos, especialmente em vista das próximas eleições de 2026. "Vemos que o assunto avança na direção de uma fusão e entendo que isso pode gerar um grande ganho para ambos os partidos", afirmou Souza, destacando que, no cenário político atual, a união de legendas pode resultar em uma força política mais robusta e capaz de dialogar com os anseios da sociedade.

Segundo ele, a discussão sobre a fusão está mais centrada no PSD e MDB, mas acredita que uma união envolvendo qualquer um dos quatro partidos mencionados pode trazer não só ganho em termos de representatividade, mas também uma renovação de lideranças. “Com essa fusão, além de um ganho de força política, teremos a adesão de novas lideranças, fruto do posicionamento ideológico desses partidos que têm como foco o interesse coletivo e o bem da nação”, complementou. Souza ainda mencionou que um novo partido oriundo dessa fusão poderia ser decisivo para reduzir a polarização política que tem enfraquecido o Brasil nos últimos anos, desde o governo Dilma Rousseff até a atual administração de Luiz Inácio Lula da Silva.

Por sua vez, Toninho Inácio, presidente do Podemos em Jundiaí, também vê com bons olhos a possibilidade de fusão e ressalta o crescimento exponencial do seu partido no cenário nacional. "O Podemos recentemente incorporou duas siglas, o PHS e PSC, passando de 200 mil para quase 1 milhão de filiados no país, e atualmente conta com 15 deputados federais e 7 senadores, o que nos coloca em uma posição estratégica", destacou. Inácio acredita que, sob a liderança da presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, a Executiva Nacional abriria conversas sobre fusão apenas se fosse para incorporar o PSDB ou unir forças com partidos como o MDB, Republicanos e PSD, criando uma enorme potência política.

“Com a Cláusula de Barreira e as crescentes restrições que os partidos enfrentam a cada eleição, a tendência é que ocorra esse agrupamento para garantir a sobrevivência política e a representatividade. No âmbito local, não haveria nenhum obstáculo para o diálogo entre as lideranças”, afirmou Toninho. Ele ainda acrescentou que essa fusão poderia ser fundamental para o país, especialmente em um momento em que as instituições enfraqueceram, perdendo o respeito popular. "Acredito que essa união traria de volta a racionalidade e o foco no interesse coletivo, com uma recuperação da segurança jurídica, dos direitos individuais e do crescimento econômico", afirmou.

Com uma visão estratégica e pragmática, tanto Fernando Souza quanto Toninho Inácio veem na possível fusão uma chance de fortalecer o cenário político local e nacional.  O JJ  procurou os demais presidentes dos partidos citados na matéria, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

O partido que se fundir com PSDB ficará com fundo partidário de R$ 147 milhões. Além dos três governadores, os tucanos têm 13 cadeiras na Câmara dos Deputados e um senador: Plínio Valério (AM). A legenda que se unir a eles também leva o tempo de TV do qual a legenda dispõe na propaganda partidária e aquela veiculada no período eleitoral.

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