Dom Arnaldo Carvalheiro Neto, nosso querido Bispo Diocesano, possui o dom em ser Pastor Peregrino da Esperança para os que se encontram dentro e fora da Igreja. Não uma esperança de chances, em que se conferem números, mas de Eternidade.
Suas palavras e atitudes demonstram seu bem-querer pelo povo, esteja ele onde estiver; bem-querer com o olhar que ilumina e convida a ser de Deus. Quem se sente amado, desperta para sentimentos bons.
Em sua homilia na “Abertura do Jubileu Peregrinos da Esperança 2025”, convidou-nos a deixar para trás a preguiça e a covardia, “pois a preguiça procura fugir do risco e a covardia nos mantém em um espírito de duplicidade, hesitando entre Deus e o mundo” - assegurou. O inesquecível Mons. Hamilton Bianchi, que Deus levou em outubro de 1987, já nos dizia que “a vida é a arte de correr o risco”.
Por ser da fé em essência, nosso Bispo não se submete aos espectadores que possuem um deus à sua imagem e semelhança, sussurram comentários maldosos, como donos da verdade, e julgam.
Escolhe onde se encontram os segredos da misericórdia divina e transparece – quem o acompanha, sabe – sua sensibilidade com os sofredores, os que não tiveram possibilidades semelhantes, as vítimas da violência e do reconhecimento de sua dignidade, discriminados, crianças empobrecidas, doentes, pecadores, marginalizados, a quem o Cristo acolhia e abençoava.
Diz Dom Arnaldo a respeito de Jesus: “Através de seus gestos e palavras, invocava as bênçãos do céu em favor de todos, tornando visível e palpável o amor de Deus”.
Pastor e peregrino da esperança, propõe-nos, com ele, a nos colocarmos a caminho no caminho de Jesus, em que as esperanças são para todos, e exercendo a gentileza com os outros. Evidencia o amor infinito de Deus, de olhar cheio de bondade e misericórdia, que não quis estar distante de nós.
Afirma: “Quis caber em nosso colo frágil, fazendo-Se mais frágil ainda. (...) O Senhor apontou para o Seu Natal como um modelo de superação de uma espiritualidade voltada exclusivamente para o ego. Ele quis ser Deus Conosco ao invés de ser apenas Deus comigo”.
Como no início de sua homilia, em 29 de dezembro, com palavras inspiradas no Salmo 98, repito: “Cantai ao Senhor um cântico novo, pois Ele faz maravilhas em nosso favor! Deus manifestou a sua justiça e salvação a nós, que somos o seu povo. Alegrai-vos, portanto, no Senhor, pois seu amor para conosco é sempre fiel. Aclamai a Deus, com cantos de júbilo e alegria! Escutais atentos o soar da trombeta que convoca toda a igreja a viver um tempo novo, um ano de graça e salvação, um jubileu para nós, peregrinos de esperança!”.
Dentre as colocações de nosso Bispo, na abertura do Jubileu, está: “A esperança abre-nos a visão do Céu”. Isso aconteceu com os Magos que vieram a Belém para encontrar o Menino. Que lindo! Somos um povo feliz por tê-lo como Pastor Peregrino da Esperança, aberto a acolher ovelhas tantas em diferentes locais para lhes acender, reacender ou fortalecer a chama da confiança na fé.
Que Deus nos ajude a seguir com o senhor, Dom Arnaldo, Bispo Peregrino da Esperança, para vermos o Céu e caminharmos em direção a ele!
Maria Cristina Castilho de Andrade é professora e cronista (criscast@terra.com.br)