HÁBITO

Mais que um esporte, cicloturismo une aventura e superação

Mais do que pedalar, trata-se de abraçar um estilo de vida aventureiro, desafiando os próprios limites físicos e mentais em jornadas épicas

Por Rafaela Silva Ferreira | 05/05/2024 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

Arquivo pessoal

Vinicius Silva começou no cicloturismo por incentivo de um amigo
Vinicius Silva começou no cicloturismo por incentivo de um amigo

O ciclismo de longa distância, também conhecido como cicloturismo, se configura como uma prática que vai além do simples meio de transporte. Mais do que pedalar, trata-se de abraçar um estilo de vida aventureiro, desafiando os próprios limites físicos e mentais em jornadas épicas.

O analista administrativo Guilherme Turquetto, 37 anos, pedala desde os 10 anos de idade. Ele conta que sua "bike" sempre foi seu carro. "Eu sempre a utilizei como meio de transporte em meus deslocamentos e mesmo depois de tirar habilitação, ela foi, por muitos anos, meu principal meio de locomoção."

Com o pedal mais longo, de Campinas até Santos no currículo, Guilherme revela como foi a experiência. "Foram 210 quilômetros direto, parando apenas três vezes. Saí de Campinas às 23h, e cheguei em Santos às 10h da manhã. Já pedalei também de Campinas a Serra Negra, só para almoçar lá e voltar. Nas minhas férias do ano retrasado, em 20 dias, pedalei 1 mil quilômetros, por diversos destinos: Jundiaí, Serra Negra, Morungaba, Amparo, Pedreira, Paulínia e Arthur Nogueira." Guilherme também pedalou de Caminho da Fé de Águas da Prata até Aparecida do Norte, em 2022 e 2023. "São 316 quilômetros, que pedalei em cinco dias, passando por cidades do interior de Minas Gerais e Campos do Jordão, até chegar em Aparecida do Norte", ressalta.

Questionado sobre que dicas daria para os iniciantes do cicloturismo, Guilherme diz simplesmente "comece". "Se você tem uma bicicleta velhinha e aguenta pedalar somente um ou dois quarteirões, comece! Não ligue pra quem possa vir ditar regras, se sua 'bike' é do modelo A ou do modelo B, se sua roupa é da marca X ou Y, não importa, comece! Saia de casa, vá na padaria, vá no mercadinho, vá comer um pastel na feira, que seja. Você tem que começar por um ponto de partida. Não espere condições ideais, comece com o que você tem", aconselha.

Já Vinicius Silva dos Santos, operador de máquina e motoboy de 27 anos, decidiu se aventurar no mundo do cicloturismo após dar uma volta na bicicleta de um amigo, que o incentivou a comprar a sua própria. "Depois de me familiarizar com o esporte, revivi o desejo antigo de fazer uma viagem pedalando até a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte."

Ele conta que há desafios no esporte, mas que as recompensas os superam. "Inclusive, chega um momento em que você cria novos desafios para vencer. Eu mesmo quero muito ir novamente para a Aparecida, mas desta vez, pelo caminho da fé."

Para Vinicius, o cicloturismo é mais do que um esporte; é uma experiência enriquecedora que vale a pena para qualquer um que queira começar. Ele destaca que conhecer novos lugares, caminhos, paisagens e trilhas é uma das maiores recompensas dessa prática, que proporciona uma perspectiva única do mundo ao ar livre. "Para quem quer começar, é um esporte sensacional que vale muito a pena. Minhas dicas para os iniciantes são: não tenha medo e apenas se prepare para ver muitas paisagens lindas. Pedalar é libertador", finaliza.

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