PROTEÇÃO

Em Jundiaí, menos de 20% do público-alvo recebeu vacina da gripe; meta é 90%

Já há um mês vacinando a população da cidade, apenas cerca de 32 mil jundiaienses receberam o imunizante

Por Nathália Sousa | 26/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

A vacina contra a gripe está disponível há um mês para o público prioritário, mas tem pouca cobertura até então
A vacina contra a gripe está disponível há um mês para o público prioritário, mas tem pouca cobertura até então

Em Jundiaí, das cerca de 167 mil pessoas do grupo prioritário para a vacinação contra a influenza (gripe), apenas cerca de 32 mil receberam o imunizante até o momento, um mês após o início da campanha, o que equivale a menos de 20%. Na cidade, a meta é imunizar ao menos 90% da população elegível, evitando internações e óbitos decorrentes das infecções causadas pelos vírus da gripe.

De acordo com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), do total de pessoas vacinadas no município, 22.256 possuem mais de 60 anos (o que equivale a 27,62% das 80.581 pessoas estimadas nesta faixa etária em Jundiaí); 1.636 são trabalhadores da saúde (12,62% dos 12.964); 2.015 crianças de 6 meses a menores de 6 anos (7,82% das 25.762 estimadas); 227 gestantes (5,56% das 4.085); 20 puérperas (2,98% das 672); e 396 professores (6,24% dos 6.353).

A UGPS não tem números de casos de síndrome gripal, pois não há notificação compulsória para tal. O período de vacinação, porém, contempla os meses antes do inverno, quando o número de casos de gripe costuma aumentar, assim como de outras doenças respiratórias transmitidas pelo ar. A UGPS lembra ainda que as doses estão disponíveis para o público prioritário, no período da manhã, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Novas UBSs e Clínicas da Família da cidade.

Para receber a vacina, é necessário apresentar documento com CPF para o registro no sistema de informação, seguindo determinação do Ministério da Saúde. No caso das categorias profissionais, é preciso apresentar comprovação de prestação de serviço (holerite/crachá). Já os portadores de comorbidades devem apresentar um documento que comprove a sua condição.

RISCO

Segundo dados do Ministério da Saúde, os idosos representaram 65,6% dos óbitos por influenza no ano passado e 54,9% das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Quando são analisados aqueles que têm alguma comorbidade, eles têm ainda mais complicações em decorrência da SRAG causada por influenza. A letalidade entre aqueles com comorbidades foi duas vezes maior em comparação aos idosos sem comorbidades.

Atualmente, a vacina trivalente, que confere proteção contra três tipos de cepas do vírus influenza, é a que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Um estudo da Sanofi, empresa de saúde, em parceria com a ALS Perception, mostra que 68% dos brasileiros têm pouco ou nenhum conhecimento de que o vírus da gripe pode agravar doenças preexistentes, como problemas cardiovasculares e diabetes tipo 2, especialmente em idosos.

O estudo, feito em fevereiro deste ano, 23% dos entrevistados percebem nenhum ou baixo risco associado à escolha de não se vacinar contra a gripe, e sete em dez dos brasileiros responsáveis por garantir a vacinação de alguém com mais de 60 anos afirmam não saber quais vacinas eles devem tomar.

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