OPINIÃO

Tributo ao Parque da Cidade

19/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

O Parque da Cidade, no entorno das margens da bela represa, com academia ao ar livre, o centro náutico aliado a preservação ambiental, o jardim Japonês, com três portais de acesso, cachoeiras, lagos, cursos d'água, pontes, quiosques, bebedouros, pistas para caminhada e ciclovia sinalizadas e iluminadas, pistas de aeromodelismo, com hangar coberto, dois playground, com lanchonetes, dispostos sobre areia e gramado, quadras esportivas oficiais, futebol de areia, entre outros espaços de convivência encanta a todos que o frequentam.

Não há quem familiarizado com a riqueza de espaços onde a natureza reina com seu esplendor não se impressiona com tanta gente em busca de um lazer e diversão. E quanta gente bonita. Casais de namorados, jovens tatuados, pais e mães atrás de uma multidão de crianças a correr por todos os lados. Mulheres e homens vestidos à vontade. Gente sem camisa, de bermudas coloridas, até chinelos de dedo se misturavam com tênis chiques. Apesar de tanta gente, nenhuma confusão. Convivência civilizada. Ambiente limpo e agradável. O Parque da Cidade chega aos seus 20 anos. Neste palco natural da vida, negros, brancos, mulatos de todas as cores, atuavam com o desempenho de seres, no limite de sua capacidade humana. A cidade com seu Parque se inscreve na lista dos melhores do mundo. Ibirapuera em São Paulo, Hyde Park em Londres, Central Park de Nova York, Keukenhof na Holanda, Parc Gaudi em Barcelona, Ueno Park em Toquio, Jardim de Luxemburgo em Paris, Bosque de Palermo em Buenos Aires.

O número de seus frequentadores mostra a relevância do papel comunitário do Parque da Cidade. Criado para atender a uma população mais sofrida, com falta de espaço para seu lazer, agigantou-se aos olhos de todas as camadas sociais, pois encontrou-se ali um ambiente de civilidade, cultura e beleza estética às quais jamais tiveram acesso. Sua fachada se impõe. Na portaria, funcionários dão informações e orientações sem distinção de raça, com competência e delicadeza, requisitos estes perdidos no passado do serviço público. Monitores e professores atenciosos e zelosos com os frequentadores. Sabemos que este modelo de espaço de lazer colocado em prática serviu de exemplo para outros investimentos nesta área, como são os casos do fantástico Mundo das Crianças e o exuberante Jardim Botânico.

São 20 anos em benefício do povo. Duas grandezas ali se estreitam. A preservação da bela natureza e a riqueza de uma alegre população. Uma obra pública que não foi malbaratada nos meandros da burocracia, desperdiçada em ações fúteis. Neste particular, temos que reverenciar nossos homens públicos, eficiência da administração do estadista ex-prefeito Miguel Haddad em sua criação, e a engenhosidade do prefeito Luiz Fernando em sua complementação e o gestor José Antonio Parimoschi, na liberação dos recursos, pois não fazem história, mas escrevem a própria história do divertimento e lazer na cidade. E dedico o artigo de hoje ao Parque da Cidade, que em duros tempos vividos indica um suave caminho a ser seguido na prestação de serviços comunitários.

Guaraci Alvarenga é advogado (guaraci.alvarenga@yahoo.com.br)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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