ENTREVISTA

‘A violência contra a mulher afeta toda a sociedade’, alerta a primeira-dama do Estado

Cristiane Freitas lançou nesta quinta-feira o 'SP por Todas', que visa trazer à tona as adversidades enfrentadas pelas mulheres e fortalecer as redes de apoio disponíveis

28/03/2024 | Tempo de leitura: 4 min
da Redação

Divulgação/Governo de SP

A primeira dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas
A primeira dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas

Com o objetivo de enfrentar a persistente violência contra mulheres em São Paulo, o Governo do Estado lançou nesta quinta-feira, o último dia útil do mês de março, o movimento SP por Todas. Sob a liderança da primeira-dama do estado, Cristiane Freitas, a iniciativa visa trazer à tona as adversidades enfrentadas pelas mulheres e também destacar e fortalecer as redes de apoio essenciais disponíveis para aquelas em situações vulneráveis. O evento de lançamento, realizado no Palácio dos Bandeirantes, marcou o início de uma campanha de conscientização crucial e uma chamada à ação para a sociedade como um todo.

Cristiane Freitas, mulher do governador Tarcísio Freitas, é formada em gestão pública e atual presidente do Fundo Social de São Paulo, ressaltou a importância da mobilização social em torno da proteção feminina. Com projetos dedicados à profissionalização e ao empoderamento das mulheres, o SP por Todas busca implementar soluções concretas para o desafio que é o combate à violência de gênero.

Entre as medidas, o destaque é o auxílio-aluguel de R$ 500 para vítimas de violência doméstica. Além disso, o programa prevê o aplicativo SP Mulher Segura para conexão rápida com a polícia, além de novas salas na Delegacia da Defesa da Mulher e ampliação das linhas de crédito. O objetivo do Governo do Estado de São Paulo, através do "SP por Todas", é ampliar o acesso às políticas públicas de proteção e autonomia das mulheres.

A seguir, confira uma entrevista exclusiva com Cristiane Freitas, concedida à rede Sampi via assessoria de imprensa, onde ela compartilha seus pensamentos sobre a relevância do movimento, os desafios enfrentados no combate à violência contra a mulher e as estratégias adotadas pelo governo para promover a independência financeira e profissional das mulheres, fundamentais para quebrar o ciclo de violência.

Como a senhora vê a relevância do tema 'proteção à mulher'?
O tema relacionado à proteção à mulher, principalmente por meio do movimento SP por Todas, é muito relevante, especialmente em um contexto onde a violência contra a mulher ainda persiste. Além de projetos concretos para sanar o problema, precisamos manter esse tema em evidência hoje e sempre para que todas as mulheres possam se sentir seguras, respeitadas e que tenham mais oportunidades e possibilidades de escolhas.

Por que todos deveriam levantar essa bandeira?
Todos devemos levantar essa bandeira porque a violência contra a mulher afeta toda a sociedade. Ao nos engajarmos nesse movimento, estamos defendendo os direitos de todas nós, mulheres, e também os direitos humanos fundamentais de todas as pessoas.

Quais acredita serem os principais desafios no combate à violência contra a mulher?
Os principais desafios no combate à violência contra a mulher incluem a implementação eficaz de políticas de prevenção como temos feito no estado, o fortalecimento das redes de apoio às vítimas e a punição adequada aos agressores. Além disso, é fundamental também que possamos promover uma educação que valorize o respeito e a empatia.

Qual a importância da participação da sociedade nesse movimento?
A participação da sociedade nesse movimento é essencial porque a mudança real só pode acontecer com o envolvimento de todos os setores. Ao ampliarmos o diálogo, aumentamos a conscientização e fortalecemos a solidariedade em torno dessa causa, resultando nas mudanças estruturais e culturais que tanto desejamos.

Como vê a questão da geração de renda e da busca pela independência financeira para retirar mulheres do ciclo de violência doméstica?
A geração de renda e a busca pela independência financeira são aspectos fundamentais para retirar as mulheres do ciclo de violência doméstica. Quando as mulheres têm autonomia financeira, elas têm mais recursos para sair de situações abusivas e buscar apoio. Além disso, a independência financeira promove uma maior autoestima e capacita as mulheres a fazerem escolhas que priorizem seu bem-estar e segurança.

De que forma o governo trabalha para estimular a geração de renda e a independência financeira?
O governo trabalha para estimular a geração de renda e a independência financeira das mulheres por meio de inúmeras políticas públicas que incluem programas de capacitação profissional e incentivo ao empreendedorismo, por exemplo. Constantemente fazemos com que essas iniciativas sejam amplamente divulgadas para todas.

Como a mulher pode ter acesso a esses serviços oferecidos?
No Fundo Social de São Paulo, por exemplo, oferecemos mais de 30 cursos gratuitos nas áreas de Beleza, Moda, Gastronomia e Administração, entre outros. São qualificações que duram de uma semana a um mês e auxiliam a mulher a rapidamente conseguir iniciar o processo de independência financeira com ações empreendedoras ou entrada no mercado de trabalho.  As inscrições são feitas por meio do site do Fundo Social e são oferecidas em várias regiões da capital paulista e em mais de 200 municípios. O Governo de São Paulo acaba de lançar também um portal que traz mais informações sobre qualificação profissional e os serviços completos voltados para a mulher: www.portaldamulherpaulista.sp.gov.br

3 COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.

  • Gildinha da Silva
    28/03/2024
    Penso que a primeira coisa q devia ter garantia de funcionar seria a Medida Protetiva.
  • clevison rossi
    28/03/2024
    boa tarde, Gostaria de expressar toda minha solidariedade as mulheres, porém gostaria tbm que a justiça começa a olhar as leis a favor que beneficiam unilateralmente as mulheres, pois algumas utilizam dessa lei (Maria da Penha) pra pode se beneficiar. Sabemos que muitas mulheres são massacradas pelos homens......mas muitas tbm acabam com as vidas deles por mentirem. atenciosamente, Clevison Rossi
  • Tati
    28/03/2024
    As mulheres precisam parar de ignorar os primeiros sinais da violência doméstica e caírem fora. Como diz minha mãe: tá cheio de homens por aí, algum deve ser bom. E se não achar, viva o melhor da sua vida, pois pra viver com um homem violento ou desrespeitador, deixe pra mãe dele que o educou.