APRESENTAÇÃO

Sesc Jundiaí apresenta o Coro Kyre'y Kuery”

Apresentação é gratuita e integra iniciativa do Sesc São Paulo que impulsiona reflexão sobre Direitos Humanos

Por Redação | 08/03/2024 | Tempo de leitura: 6 min
Sesc de Jundiaí

Divulgação

Coral Guarani Kyre y Kuery
Coral Guarani Kyre y Kuery

A vulnerabilidade da população em situação de rua, a realidade de imigrantes e refugiados e as diferentes lutas pela concretização de direitos sociais estão entre os temas abordados na programação Direitos humanos para todas as pessoas: da palavra ao movimento, realizada pelo Sesc São Paulo, até o dia 17 de março.

Com atividades que incluem desde feiras e intervenções artísticas, passando por teatro, dança, literatura e debates sobre direitos humanos, o projeto tem como objetivo colaborar para que a cidadania deixe de ser um conceito abstrato e restrito a grupos específicos e se realize como acesso a direitos sociais para toda a população.

A programação envolve 20 unidades do Sesc São Paulo, na capital, Grande São Paulo, litoral e interior, dando amplitude a vozes e perspectivas capazes de alargar a compreensão e o alcance dos Direitos Humanos. Esse pluralismo de protagonismos formará um painel de possibilidades de articulação, formação de redes e inovações sociais no campo dos Direitos Humanos.

Com a iniciativa, o Sesc São Paulo reafirma seu papel educativo e seu compromisso com o desenvolvimento sociocultural.

Abertura - A programação começou no dia 7 de março, com o debate “Direitos Humanos: da palavra ao movimento”, no Sesc 24 de maio. Com participação do jornalista Leonardo Sakamoto, presidente da ONG Repórter Brasil, e do Frei David, fundador e diretor executivo da Educafro - que promove a inclusão universitária de pessoas negras e de baixa renda -, o encontro visa instigar reflexões sobre como tornar prática as teorias sobre a defesa da dignidade humana, a justiça e a equidade social.

Na mesma data e local, foi lançada a revista digital “Direitos Humanos pra Quem?”, produzida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A publicação tem o objetivo de resgatar o conceito sobre este tema diante do enfraquecimento de uma pauta tão importante e necessária para uma sociedade digna.

Um dos destaques foi o painel: “Proteção e Garantia de Direitos”, que proporcionou uma troca de experiências entre instituições, pessoas, ONGs e movimentos sociais que atuam para assegurar a efetivação dos Direitos Humanos. O painel contou com a participação de Soninha Francine (Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania), de Robson César Correia de Mendonça (fundador e presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua), e de Morgana Damásio (jornalista e coordenadora de comunicação da Conectas Direitos Humanos). Outros participantes foram Oriel Rodrigues de Moraes (assessor jurídico da CONAQ - Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos), Luis Baron (articulista e presidente da Associação EternamenteSOU), Rogério Sottili (diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog) e Mafoane Odara (presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos, colunista da Marie Claire e professora na Fundação Dom Cabral e ESPM).

Arte e Direitos Humanos

A iniciativa também mostra a potência das produções artísticas para promover reflexões sobre Direitos Humanos. Por meio dessas apresentações, o público pode entrar em contato com a diversidade das experiências humanas, ampliando a visibilidade de questões sociais, desconstruindo estereótipos e favorecendo o desenvolvimento de novas percepções da realidade.

Entre os espetáculos que compõem a programação de Direitos humanos para todas as pessoas: da palavra ao movimento está o “Cena Ouro - Epide(r)mia - Cia Munguzá de Teatro”, no Sesc Av. Paulista. A partir do encontro entre diferentes agentes da região central da cidade de São Paulo (Boca do Lixo e Cracolândia), a peça discute questões territoriais e os desafios de pessoas em vulnerabilidade, como, por exemplo, em situação de rua, e LGBTQIAP+.

Já a apresentação “Corteja Paulo Freire” por meio do protagonismo do educador e dos bonecos gigantes Patativa do Assaré, Federico Garcia Lorca, Ivone Gebara e Dom Helder Câmara aborda assuntos como emancipação e a transformação social no acesso a direitos. O espetáculo acontece em três locais: Sesc Carmo (Praça da Sé), Sesc Rio Preto e Sesc Piracicaba.

Uma notícia de jornal sobre um menino refugiado encontrado dentro de uma mala no caminho entre África e Europa inspirou a fábula lúdica “Quando eu morrer vou contar tudo a Deus”, do Coletivo O Bonde. Com o texto de Maria Shu e direção de Ícaro Rodrigues, a fábula, que será apresentada no Sesc São Carlos, trata do poder da imaginação em um mundo cada vez mais hostil com crianças e adultos.

No Sesc Vila Mariana, a Cia Os Crespos encena a peça “De mãos dadas com minha irmã”. A história gira em torno da personagem Obá, que sai de sua terra com a missão de salvar seu povo de uma terrível seca, mas perde a memória e terá de escutar todas as águas do universo.

A unidade da Vila Mariana também promove a “Mostra Refúgios Culturais”, nos dias 16 e 17 de março, que contará com objetos artesanais de migrantes e pessoas refugiadas. Durante dois dias, participarão da exibição pessoas em situação de refúgio oriundas de países como Síria, Senegal, Guiana Francesa, Irã, Peru, Congo, Togo, Colômbia, Sudão do Norte, Angola e Venezuela. No evento, o público poderá comprar produtos como bonecas africanas, roupas e tecidos senegaleses, henna árabe, perfumes sírios entre outros.

A Orquestra Mundana Refugi se apresenta nos dias 9 e 10 de março no Sesc 24 de Maio. Formada por 22 músicos brasileiros, imigrantes e refugiados de diversas partes do mundo, a orquestra irá lançar o álbum “Todo Lugar Aqui”. Além de cantos tradicionais representando as culturas da orquestra, a pesquisa para a gravação do álbum incluiu temas de outros povos e regiões.

Outras apresentações de corais que reúnem diferentes grupos sociais e étnicos também são destaques na programação. Um deles é o “Coral Cênico Cidadãos Cantantes”, que é reconhecido pela ONU e trabalha com populações em situação de vulnerabilidade social, enfatizando a diversidade e o compromisso com a cultura antimanicomial. O outro é o “Coro Kyre'y Kuery”, que é formado por 15 jovens da Terra Indígena Jaraguá e se apresenta no Sesc Jundiaí, no dia 9 de março. Esse último representa um símbolo de reverência e resistência da cultura dos povos originários, já que o cantar, nas aldeias, é um ato primordial para que as tradições indígenas não sejam perdidas.

Haverá ainda o grupo “Os Escolhidos”, composto por jovens imigrantes congoleses e angolanas, que celebra a música africana. O grupo canta e valoriza as línguas pátrias: Lingala, Kikongo, Tshiluba e Suaíli. Em seu repertório, existem diferentes gêneros musicais, como rumba congolesa, acapela e zouk em línguas africanas. Os jovens se apresentam no Sesc Mogi das Cruzes, Santos, Catanduva, Pinheiros e Vila Mariana.

Crianças em situação de refúgio de sete países – Angola, República Democrática do Congo, Sudão, Líbia, Síria, Palestina e Venezuela – também participam da programação com o coral “Coração Jolie”. Formado em 2013 por iniciativa da organização não governamental IKMR – I Know My Rights (eu conheço meus direitos, em português) e com apoio do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), o coral canta sucessos da música brasileira colocando o refúgio em perspectiva. As apresentações ocorrem no Sesc 14 Bis, Sesc Vila Mariana e Sesc Pinheiros.

Para conferir a programação acesse os canais de comunicação oficiais do Sesc.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.