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Em cinco anos, patentes concedidas a mulheres crescem mais de 50%

Pesquisa mapeia participação feminina nas invenções entre 2017 a 2022

Por Redação | 12/12/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Folhapress

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Evolução é resposta do ‘progresso e diversificação na área da propriedade intelectual’, diz Desembargadora Federal aposentada Liliane Roriz
Evolução é resposta do ‘progresso e diversificação na área da propriedade intelectual’, diz Desembargadora Federal aposentada Liliane Roriz

O número absoluto de patentes concedidas a invenções de mulheres no Brasil teve um aumento de 56% nos últimos cinco anos, passando de 107 em 2017 para 167 patentes em 2022. Além disso, as patentes concedidas a grupos mistos, onde consta pelo menos uma mulher inventora, quase quadruplicou no mesmo período, de 160 para 630 patentes.

É o que mostra a pesquisa Mulheres inventoras na América Latina: Construindo o futuro, que elabora uma retrospectiva sobre o cenário de participação feminina nas patentes concedidas entre os anos de 2017 e 2022 no Brasil, Chile, Colômbia e México.

Por outro lado, em números proporcionais no Brasil, houve uma leve queda de 1,4% nas patentes que possuem somente mulheres como inventoras na comparação dos últimos cinco anos, quando o país saltou de 1.482 patentes concedidas em 2017 para 2.892 em 2022. Já a proporção de patentes concedidas a grupos mistos de inventores mais do que dobrou no mesmo período, saindo de 10,8% para 21,8%.

RECORTE BRASILEIRO

Realizada pela Aliança Global de Propriedade Intelectual (GLIPA, na sigla em inglês), a pesquisa teve como objetivo identificar o número de patentes concedidas em que mulheres residentes desses países aparecem como inventoras. “O crescimento substancial no número de patentes concedidas a grupos com participação feminina é um sinal do avanço das mulheres na inovação. Esta evolução destaca a importância de espaços inclusivos que valorizem e promovam a participação feminina, algo essencial para o progresso e a diversificação na área da propriedade intelectual”, afirma Liliane Roriz, Desembargadora Federal aposentada e sócia do Licks Attorneys.

A pesquisa representa um esforço da sociedade civil para contribuir com o trabalho realizado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que estima que a paridade de gênero no patenteamento será alcançada somente em 2061. Entretanto, quando o assunto é América Latina, a expectativa é ainda mais distante, prevista para 2068.

“Para consolidar e ampliar esse progresso, é crucial implementar mais políticas afirmativas e realizar um trabalho de base sólido, fomentando e incentivando a formação de meninas desde cedo. É preciso mostrar que elas têm o potencial para se destacar em qualquer área de conhecimento e que elas saibam o quanto suas contribuições são valiosas e necessárias em todos os campos do saber”, avalia Gislaine Zulli, especialista de patentes do Licks Attorneys.

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