OPINIÃO

A vida é uma festa

30/11/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Assisti recentemente ao filme "Viva: A vida é uma festa" da Pixar- Disney, embora há meses todos os alunos da Associação Socioeducacional Casa da Fonte já tivessem visto, como motivação para o Festival de final de ano.

Assistira apenas o trailer e lera a sinopse, que celebra o México com respeito e sensibilidade. Filme, de 2017, que ganhou o Globo de Ouro de Melhor Animação. A sugestão, do projeto, foi das professora Caroline Tozzati e Roberta De Col Gonçalves.

Conta a história de Miguel, um garoto que sonha em ser músico, mas vive em uma família em que a música é absolutamente proibida, porque seu tataravô deixou a esposa para se dedicar à carreira artística. A produção explora as tradições mexicanas do Día de Muertos – segundo a crítica, com grande fidelidade à cultura do país.

No Dia de Finados, os mexicanos acendem velas e fazem oferendas aos seus antepassados falecidos, diante de um altar com suas fotografias. Isso permite, segundo eles, que os mortos visitem os vivos.

Em meio a notícias de guerras e de violência contra crianças e adolescentes, o filme é um bálsamo no reconhecimento da importância da família, dos dons de cada um, da gratidão àqueles que nos precederam - dos quais carregamos características -, da determinação para alcançar os anseios - como é o caso do menino Miguel -, o respeito pelas diferenças individuais. Um mergulho no luto, que faz parte da vida, mas que podemos enaltecer na saudade terna.

Há conceitos belíssimos embutidos no filme como o de que cuidar de quem já cuidou de nós é uma das maiores honras da vida, além de amenizar os limites dos idosos. Disse a escritora Marina Colasanti: Envelhecer não é fácil. É bonito, emocionante, faz parte da vida, mas têm sido muitas as despedidas".

A música de Kristen Anderson-Lopez / Robert Lopez encanta: "Lembre de mim/ Hoje eu tenho que partir/ Lembre de mim/ Se esforce pra sorrir./ Não importa a distância/ Nunca vou te esquecer/ Cantando a nossa música/ O amor só vai crescer./ Lembre de mim/ Não sei quando vou voltar/ Lembre de mim/ Se um violão você escutar./ Ele com seu triste canto/ Te acompanhará/ E até que eu possa te abraçar/ Lembre de mim."

Na Casa da Fonte, o filme foi trabalhado a partir da jornada de Miguel para alcançar o seu sonho, nas atividades de poesia, música, dança, ginástica rítmica e artística, flexibilidade, capoeira, da magia do circo, nas habilidades com a bola, porque futebol também é paixão

A festa da vida de cada um, burilando os seus dons e ampliando a esperança.

No sopro de formosura e romantismo no filme, a música "Chorona": "Ai, de mim, chorona/ Chorona de azul celeste. / (...)Ainda que eu pague/ Com a vida/ Não deixarei de querer-te. (...)/ Eu subi ao pinho mais alto, chorona/ Pra ver se te encontrava (...)/ Como o pinho era jovem, chorona/ Ao ver-me chorar, chorava. (...) Eu choro hoje ao te ver..."

Se você puder, venha aplaudir o nosso povo, empenhado em realizar os seus sonhos. A cultura e a arte sempre fazem a diferença e levam a imaginação além das fronteiras do cotidiano.

A apresentação gratuita será na quadra EMEB "Ivo de Bona", que fica na Av. Francisco Róveri, 505, no bairro Residencial Almerinda Chaves, no próximo domingo, dia três de dezembro, domingo, a partir das nove horas.

Maria Cristina Castilho de Andrade é professora e cronista (criscast@terra.com.br)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.