A gestora tem uma cadeira reservada em uma mesa com representantes da Suécia, do Peru e dos Estados Unidos, dos quais também é a única mulher. “Na gestão pública, em qualquer lugar, a grande maioria das pessoas é homem. Dificilmente há paridade nos cargos de gerência. E eu estar lá vai ser muito importante, para mostrar a potência que temos de articular com diferentes frentes”, destacou, em entrevista no programa “Difusora 360”, na tarde de ontem.

Além de ser a única representante brasileira nesta final, Jundiaí também é uma das duas únicas cidades finalistas que atingiram todos os cinco objetivos previstos pela instituição, que são: perspectiva da resiliência climática, brincar ao ar livre, engajamento da comunidade no ambiente escolar e na promoção da saúde e da educação. Junto com ela, apenas Paris, na França, conseguiu o feito.

TUDO EM TODO LUGAR

Jundiaí concorre entre os 13 projetos internacionais com a proposta temática “Desemparedamento da Escola”, da própria Unidade de Gestão. Na apresentação inscrita, foi submetido um texto que discorre sobre o conjunto de práticas de ensino “fora da sala de aula”, metodologia aplicada em toda a rede municipal de educação.

Para isso, ela contou ter passado uma manhã em uma escola localizada no Vetor Oeste, junto com o prefeito, Luiz Fernando Machado, para gravar um vídeo que comprovasse que, nas escolas do município, todo lugar é possibilidade para aprender, como os jardins, a horta ou mesmo o refeitório.

“E o desemparedamento da infância é uma pauta global, não somente daqui”, complementa ela. “O mundo moderno foi tirando a conexão das crianças com a natureza, e elas desenvolvem doenças pela falta desse contato. A escola precisa suprir isso, as crianças precisam brincar.”

Além da participação na Conferência, a premiação ao município inclui a concessão de um voucher no valor de mil dólares, que vai possibilitar a compra de brinquedos para unidades escolares da rede municipal.