NOS BASTIDORES

Só a bailarina que não tem

Por Mariana Meira | Revista Hype
| Tempo de leitura: 1 min
Sendo artista, Aline Volpi precisou conciliar o trabalho e a maternidade
Sendo artista, Aline Volpi precisou conciliar o trabalho e a maternidade

Bia tinha apenas 23 dias de vida e ainda mamava com dificuldade nos seios doloridos e hiperlactados de Aline Volpi quando o telefone, até então tranquilo desde o nascimento, tocou. Era a equipe de trabalho, se desculpando muitíssimo pela ligação em má hora, mas avisando, com desespero, que sua substituta para o período de afastamento tivera um imprevisto e não poderia comparecer no dia seguinte conforme estava milimetricamente planejado. “Precisamos de você, senão teremos que cancelar tudo”, dizia a pessoa do outro lado da linha.

Aline não era uma trabalhadora de uma empresa convencional, sob um regime de trabalho celetista, para responder que não, obrigada, não poderia ir. Era uma atriz. Sempre vivera da arte. Sabia o peso do cancelamento de um espetáculo como aquele para o teatro, para a companhia e para o público.

E não pensou duas vezes após a ligação que recebeu. No dia seguinte, estava lá com duas importantes missões: encontrar um cantinho confortável para a filha no camarim até o final da peça e fazer o figurino entrar em seu corpo ainda inchado da gravidez.

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Beatriz Peroni cresceu nos bastidores das peças dos pais Aline Volpi e Marcelo Peroni
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