ALIMENTAÇÃO

Cafés coloniais trazem opções e enchem os olhos

Por Yasmin Dorti |
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Na padaria de Adriano Santos Pereira, de 60 anos, o café colonial é uma tradição
Na padaria de Adriano Santos Pereira, de 60 anos, o café colonial é uma tradição

Uma mesa de café da manhã farta, com sucos, doces, salgados e pães é uma característica do café colonial. Mais comum no Sul do Brasil, em cidades de origem européia, anteriormente era conhecida como uma refeição em família. Segundo a tradição, os senhores de engenho tomavam um café da manhã completo antes de sair para o trabalho no campo. O que sobrava era servido durante a tarde para os serviçais da casa e, por isso, ganhou o nome de café do colono. Nos dias atuais, essa refeição também pode ser encontrada em estabelecimentos.

De acordo com o proprietário de uma padaria no Centro de Jundiaí, Adriano Santos Pereira, o café colonial é uma tradição em seu comércio. “Eu administro a padaria desde 1982 e temos o café colonial há 20 anos, sendo uma tradição no nosso estabelecimento. Seria um self service por pessoa, à vontade, com sucos, frutas e variedades de doces e salgados”, disse o proprietário.

Além disso, ele explica a diferença entre o café comum e o colonial: “O café normal é o de cardápio, como chamamos, onde a pessoa escolhe o que ela quer especificamente. O colonial você tem uma variedade de produtos, precisa ter tempo para consumir, normalmente as pessoas vêm com mais calma, não na correria no dia a dia”, complementou.

Em funcionamento desde 2016, um restaurante especializado em café colonial, no Traviú, em Jundiaí, também traz uma variedade de opções para os consumidores. O proprietário, Bruno Thomazetto, de 33 anos, conta que sua família produzia alimentos para a venda em seu empório, até que decidiram criar um comércio de café colonial. “Já que somos descendentes de italianos tentamos sempre manter as nossas raízes. São mais de 80 itens caseiros em nosso buffet, tudo preparado em nossa cozinha e o que não é preparado é artesanal, a exemplo do nosso café que é de Minas Gerais e os pães caseiros que são preparados pela minha tia Rosa Thomazetto Steck”, contou Bruno. Além do café que é servido aos finais de semana, também são realizados diversos eventos como casamentos, aniversários, bodas, corporativos etc.

Francieli Alves Pompermayer, de 32 anos, empresária que administra o restaurante, conta que o local foi construído no sítio onde sua família morava. “Eu já tinha experiência com restaurante e decidimos transformar ele em um café colonial, aproveitando o espaço que já tínhamos”, contou a empresária. Além da variedade de opções, o local também é pet-friendly. “Todos são bem vindos e as pessoas podem trazer seu pet. O nosso restaurante vai além de uma refeição deliciosa, queremos proporcionar uma experiência de sabores num local agradável junto à natureza”, ressaltou.

Os valores variam conforme o estabelecimento, com uma média de preço entre R$30 e R$70, no estilo self service, na qual os visitantes podem consumir à vontade.

PÚBLICO

O público que frequenta esses restaurantes é variado, entre adultos, casais, famílias e idosos. A analista comercial Anna Lydia Lopes Acuio, de 35 anos, mora no Vianelo e costuma frequentar os cafés coloniais da região. “Eu procuro sempre ir uma vez por mês, ou a cada dois meses. Gosto bastante, pois além de oferecer muitas opções por um preço bem acessível, se comparado a tomar café numa padaria, também tem a questão do espaço, que normalmente são ao ar livre. Então, por conta disso, acho um passeio completo para toda a família”, contou Anna.

DEMANDA

De acordo com a coordenadora do Destino Jundiahy, Mary Bueno, esse tipo de comércio está crescendo no município. “Eu sinto que a demanda por este tipo de comércio está crescendo na região, principalmente no começo deste ano. O que eu percebo é um viés de não fazer apenas o café da manhã como também o café da tarde, no estilo do Sul. Aqui em Jundiaí tem quatro estabelecimentos especializados em café colonial, mas também há em outras regiões, como Itupeva e Jarinú”, contou a coordenadora.

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