O Espiritismo possui cinco pilares que são: a existência de Deus, a imortalidade da alma, a pluralidade das existências, a pluralidade dos mundos habitados e a comunicabilidade dos Espíritos. Ele também está apoiado em um tripé: ciência, filosofia e religião. Dessa forma, ele é, ao mesmo tempo, uma ciência que trata da origem e do destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corpóreo e, uma doutrina filosófica, que compreende todas as consequências morais que decorrem de tais relações.

O objetivo do Espiritismo não é somente a comunicação com os espíritos. Esta comunicação ocorre desde sempre e é descrita em várias passagens históricas, como quando Moisés, através de sua mediunidade, recebeu os Dez Mandamentos da Espiritualidade. A Doutrina Espírita não inventou a mediunidade, ela só a explica e a utiliza para realizar o seu objetivo principal, que é promover o aperfeiçoamento moral da humanidade.

Tudo no universo acontece na hora e da forma corretas para a nossa evolução. Conforme evoluímos moral e intelectualmente, o conhecimento nos é passado do mundo espiritual da maneira que ele tenha o melhor benefício possível. Assim, o Espiritismo veio complementar muitos ensinamentos já ditos por muitas religiões e filosofias, como nos explica Allan Kardec: "A doutrina que os espíritos ensinam nada tem de nova. Ela é encontrada, aos fragmentos, na maioria dos filósofos da Índia, do Egito e da Grécia e, de forma integral, nos ensinamentos do Cristo... o que é moderno é a explicação lógica dos fatos, o conhecimento mais perfeito da natureza dos Espíritos, de seu papel e de seu modo de ação".

Segundo Herculano Pires: "O Espiritismo é uma doutrina que abrange todo o conhecimento humano. O mundo é seu objeto de estudo, a razão é o seu método e, a mediunidade, o seu laboratório".

Eduardo Battel é urologista, expositor espírita e coordenador da Liga de Medicina e Espiritualidade da FMJ (ebattel@hotmail.com)