Um homem de sucesso. Pai exemplar, marido companheiro. Amigo leal.

Fez do seu encantado haras, sua menina dos olhos, um celeiro de cavalos campeões. Como empresário, sua paixão é expandir. Expandir a produção e gerar empregos. Suas fazendas produzem o que de melhor se encontra para se consumir. Frutas selecionadas, fino azeite de oliva extra virgem, café tipo exportação, e sua grande diversidade e qualidade de suas videiras. Foi de suas castas que surgiu a poda dupla, com as uvas syrah e sauvignon blanc. A colheita das uvas no inverno brasileiro. Sua produção de vinhos já alcançou a prateleira de cima. O gran reserva, sua maior marca. Como ser humano, ainda sobra tempo para ajudar os necessitados.

Quem o vê no seu modo simples de ser e viver, sem ostentação, até no modo de se vestir, não pode julgar as reservas de generosidade, que mal esconde.

Ninguém sabe o quanto destina às entidades assistenciais. Sempre no anonimato. Segue os ensinamentos bíblicos: "quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita". Certa vez, numa pequena cidade do interior paulista, onde possui um pedaço de terra, um dos seus empregados se feriu gravemente. Levado no hospital local, para verificar a possibilidade de atendimento cirúrgico, o empregado se apresentou como trabalhador do Afonso. O médico, então, lhe respondeu: você agora pode ser atendido neste hospital porque o seu patrão foi quem construiu a sala de UTI e doou os equipamentos para sua implementação

Afonso é assim mesmo. Sabe agradecer a vida. Não esconde o passado de lutas. Emociona-se a contar sua origem humilde. Encontrou em Marlene, a esposa companheira, o tributo de uma homenagem irresistível. Marlene não escondeu as lágrimas de agradecimento e num jorro de afetuosos sentimentos, dedicou a sua vida, a quem amou com toda a força da alma.

Afonso sabe cultivar bem próximo a sua amizade, a todos, que o tempo lhe ofereceu. O jantar dos deuses do renomado Chef Igor, do restaurante Amadeu, e ensinamentos do mestre Eduardo Sartori sobre a harmonização dos vinhos espelham os traços pessoais de Afonso Davo para com os amigos. Leva da gente, um pedaço do coração da gente. Sabe Afonso e Marlene, vocês não cansaram de agradecer a minha presença e de Miriam, mas creiam, nós que fomos seduzidos pela grande emoção em ser lembrados.

Poucos sabem enxergar as virtudes de um benfeitor nestes tempos de egoísmo endêmico. Receba o casal esta humilde lembrança de quem escreve, em vida. Como nos versos de Nelson Cavaquinho, em sua canção, quando eu me chamar saudade, quero prece e nada mais. Saúde, vida longa, Deus salve a família Davo.

Guaraci Alvarenga é advogado (guaraci.alvarenga@yahoo.com.br)