VIDA E CARREIRA

De peças amadoras a diretor do Polytheama, conheça Wagner Nacarato

Por Mariana Checoni | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo Pessoal
Wagner Nacarato durante lançamento do livro
Wagner Nacarato durante lançamento do livro

Que Jundiaí é um berço de talentos, isso é fato. Dos que nasceram aqui ou vieram ainda na infância e se naturalizaram, a cidade significa muito para quem enxerga nela um lar acolhedor. Nascido em 1961, o artista, produtor cultural e diretor do Teatro Polytheama, Wagner Nacarato, é um desses exemplos de personagens que nasceram e cresceram na cidade e há 61 anos têm a Terra da Uva como referência.

Após passar por um momento difícil durante a pandemia, um câncer que retornou após 15 anos, Nacarato lançou sua autobiografia ('A Semente que dorme') na quarta-feira (23), na presença de cerca de 200 amigos e apoiadores do seu trabalho.

Ao JJ, ele contou um pouco sobre sua vida e carreira.

Durante a infância, foi influenciado pelo avô quando ganhou um palco de presente, construído por ele, com todos os detalhes, da cortina à iluminação. O presente foi mágico e, desde as pequenas reuniões de família, algumas peças eram encenadas. Ainda na juventude montou um grupo de teatro amador em Jundiaí com a peça Jerusalém.

Realizou um dos primeiros sonhos, ir para o Antunes Filho, em São Paulo, onde trabalhou no Centro de Pesquisa Teatral. Novamente em Jundiaí, montou, com um grupo de atores, o Núcleo de Artes Cênicas, uma entidade com atividades voltadas para a arte. Festival de teatro estudantil, palestras e montagem de peças marcaram o momento, despontando Nacarato no cenário cultural da cidade.

Durante a carreira, foi convidado a ser professor de teatro na escola Divina Providência e, ao longo de 35 anos, montou peças com os alunos, trocando experiências com jovens e crianças. Montou "Os Miseráveis" com a companhia Canto Vivo. Com toda a visibilidade, Nacarato foi o nome escolhido para comandar a reabertura do Polytheama, após o local ficar fechado durante 30 anos.

O momento em que ele percebeu o reconhecimento, foi quando recebeu o convite para dirigir o teatro e pôde mostrar todo o conhecimento e dividir o aprendizado durantes os anos de carreira no cenário cultural.

VIDA PESSOAL

Entre os hobbies do artista, viajar está em primeiro lugar. Sempre que tem férias se programa para conhecer um lugar do mundo. Conhecer outras culturas ajuda a enxergar os horizontes para a nossa própria. Nacarato também aprecia ir ao teatro e ao cinema. Gosta de assistir filmes em casa. Programas de artes, espetáculos e idas a museus, exposições e galerias de arte são passatempos favoritos. Além disso, considera a leitura um hobby e lê tudo que acredita valer a pena de alguma forma.

Entre os sonhos que ainda persistem, o de viver é o maior. Quer montar e dirigir a peça "Isadora", já escrita, sobre a dançarina Isadora Duncan, mulher que ajudou a repensar sua vida como artista, deixar o legado de seu livro no teatro da Divina Providência e, acima de tudo, continuar viajando o mundo. A Grécia, como parte de sua ancestralidade e país onde o teatro surgiu, é o principal desejo.

Que as cortinas sempre se abram.

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