REGIÃO

Grupo que lavou R$ 13 mi é alvo de operação e prisões em Barretos

Por Laís Bachur | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PC
Viaturas da policia civil no local onde havia o desmanche
Viaturas da policia civil no local onde havia o desmanche

Uma grande ação policial desarticulou uma organização criminosa que operava na região de Barretos, especializada na receptação de veículos e lavagem de dinheiro. A operação Elo Quebrado, coordenada pela IDIG (Delegacia de Investigações Gerais), além do Detran-SP, cumpriu cinco mandados de prisão temporária e diversas ordens de busca e apreensão.

Os policiais prenderam quatro suspeitos em Barretos e um no presídio de Frutal (MG), onde já cumpria pena. Entre os detidos estão duas mulheres, de 61 e 37 anos, e um casal de 40 e 35 anos, apontados como peças-chave no esquema. O líder seria o homem de 40 anos, responsável por um desmanche clandestino localizado na zona rural da cidade, às margens da rodovia Assis Chateaubriand.

Durante as buscas, foram apreendidos dois veículos e uma quantia em dinheiro. O desmanche foi lacrado pelo Detran devido às irregularidades encontradas. A investigação começou em abril de 2023, após a localização de caminhões e peças automotivas com sinais de adulteração em uma operação contra furtos e roubos de veículos.

De acordo com as apurações, o grupo era estruturado em diferentes núcleos. Enquanto um cuidava da desmontagem e receptação dos veículos, outros se dedicavam à criação de empresas de fachada e operações financeiras para esconder a origem ilícita do dinheiro. O Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil (LAB-LD) identificou movimentações de cerca de R$ 13,9 milhões entre 2018 e 2023, mais de R$ 11,5 milhões sem origem declarada.

As operações financeiras chamaram atenção pelas típicas características de lavagem de dinheiro: uso de laranjas, depósitos em dinheiro vivo sem identificação, fracionamento de valores e declarações fiscais incompatíveis com os rendimentos dos envolvidos. Por ordem judicial, foram bloqueados bens e valores estimados em mais de R$ 11,5 milhões para garantir o ressarcimento de danos e evitar o ocultamento do patrimônio.

Os suspeitos poderão responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que podem resultar em penas de até 18 anos de prisão. Os presos permanecem à disposição da Justiça e poderão ter suas prisões convertidas em preventivas. As investigações continuam para identificar outros integrantes e mapear a totalidade do esquema.

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